segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

REFORMA E REAVIVAMENTO

"A igreja evangélica brasileira precisa de uma nova reforma e de um verdadeiro reavivamento espiritual." Esta declaração, repetida enfaticamente pelo reverendo Hernandes Dias Lopes, vai na contra-mão da grande maioria dos líderes evangélicos desta nação, que insistem na falácia de dizer que os evangélicos experimentam seu melhor momento neste país.

Quase meio milênio depois do início da Reforma Prostestante, é evidente que a igreja evangélica precisa de uma nova reforma. O texto a seguir é esclarecedor neste sentido. Trata-se da compilação de uma mensagem que foi pregada pelo reverendo Hernandes Dias Lopes no dia em que a Reforma Protestante completava 492 anos.

Creio que esta brilhante mensagem (transmitida pela TV aberta em 31 de Outubro de 2009) entrará para a história da igreja evangélica brasileira como o início do despertar para uma nova reforma e reavivamento, assim como aconteceu com as 95 teses de Lutero, em 1517. O tempo se encarregará de provar isto. A Deus seja a glória!

REFORMA E REAVIVAMENTO
Rev. Hernandes Dias Lopes

Hoje eu quero abordar com você um dos temas mais oportunos, mais urgentes e mais necessários pra vida da igreja contemporânea. Eu quero conversar com você sobre o tema: reforma e reavivamento.

Eu tenho, com a graça de Deus, percorrido a nação brasileira, pregado em centenas de igrejas, em várias denominações evangélicas da nossa pátria. E tenho chegado a uma conclusão inequívoca, séria, preocupante: a igreja evangélica brasileira precisa passar por uma nova reforma.
Nós nos chamamos de igreja protestante, mas já não protestamos mais. Nós nos chamamos de igreja evangélica, mas muitas igrejas têm abandonado o verdadeiro evangelho, o antigo evangelho, o evangelho da graça, o evangelho da cruz de Jesus Cristo.

Hoje nós temos uma igreja que tem extensão, mas não tem profundidade. Uma igreja que tem influência política, mas não tem poder espiritual. Uma igreja que tem riqueza material, mas não tem integridade moral. Uma igreja que busca os aplausos dos homens, em vez de levar estes homens ao arrependimento. Uma igreja que prega para agradar e não para levar este homem ao arrependimento e a conversão. Nós precisamos parar e rever isso.

Porque nós temos hoje uma igreja que se diz evangélica, mas que é analfabeta da bíblia. Uma igreja que se diz evangélica, mas abraça todas as novidades estranhas à palavra de Deus. Uma igreja que tem deixado de anunciar o puro e simples evangelho de Jesus Cristo, para abraçar doutrinas estranhas, contrárias a palavra de Deus. Estamos vendo hoje muitos púlpitos evangélicos pregando prosperidade, riquezas e não a salvação em Cristo. E nós estamos vendo que as igrejas estão ficando lotadas de pessoas que estão buscando não a Deus, mas as bênçãos temporais de Deus. Elas não estão verdadeiramente no caminho da salvação, mas elas estão buscando alívios para os seus problemas apenas do aqui e do agora. Estamos vendo hoje uma pregação que enfatiza os milagres, as curas, o sobrenatural, mas não estamos vendo uma igreja conduzindo as pessoas a uma vida de santidade. Não estão mais pregando o evangelho verdadeiro, genuíno e puro da graça de Deus, que transforma o homem e que reconcilia este homem com Deus e que leva este homem a uma experiência verdadeira e genuína de novo nascimento. Nós precisamos de uma nova reforma.

Precisamos, na verdade, voltar àqueles pilares da reforma protestante: o “só a Bíblia”. Hoje, os sonhos, visões, revelações e novas profecias, estranhas e fora das Escrituras, têm substituído a bíblia em muitos púlpitos chamados evangélicos. Nós vemos evangélicos correndo atrás de verdadeiros gurus espirituais, pessoas que não examinam mais as Escrituras, pessoas que não conhecem mais as Escrituras. Pessoas que correm às fontes rotas de novidades forjadas no laboratório do engano, em vez de voltar-se pra verdade das Escrituras e examinar as Escrituras porque são elas que testificam de Cristo, que nos apontam o caminho da verdade, porque a bíblia é a verdade.

Nós precisamos voltar à gloriosa verdade do “só a fé”. Quanto misticismo no meio evangélico! Quantas pessoas botando um copo d’água em cima do rádio, ou da televisão, achando que bebendo aquela água ela está recebendo os fluídos da graça de Deus. Quantas pessoas que crêem numa rosa ungida, num lenço ungido, em coisas que brotam do misticismo e não das Escrituras sagradas. Nós estamos vivendo a realidade onde as pessoas estão trocando o rótulo, mas mantendo os chamados evangélicos prisioneiros do mesmo misticismo pagão. Nós precisamos de uma nova reforma na igreja evangélica brasileira.

Precisamos reafirmar que “só a graça”. Estamos vivendo um período em que as igrejas chamadas evangélicas estão desenterrando as indulgências da idade média. Pessoas que compram as bênçãos de Deus por dinheiro. Pessoas que fazem do púlpito um balcão, do evangelho um produto, da igreja uma empresa e dos crentes consumidores. Igrejas em que não está muito claro se é verdadeiramente uma empresa, cuja finalidade é arrecadar dinheiro, ou se é uma agência do reino de Deus para pregar o evangelho da graça. Nós precisamos de uma nova reforma na igreja evangélica brasileira.

Nós precisamos de uma igreja que pregue somente Cristo. Quantas mensagens que focam os holofotes no ser humano, na grandeza do homem, na importância do homem! Nós estamos vivendo hoje, na realidade evangélica brasileira, o culto à personalidade. Estamos vivendo hoje situações em que pregadores e cantores são tratados como verdadeiros astros de cinema, estamos vivendo o pecado da tietagem evangélica, na realidade evangélica brasileira. A igreja precisa de uma nova reforma.

Estamos vendo a realidade de uma igreja que não tributa e não rende toda a glória apenas a Deus. Nós entendemos que tudo é dele, tudo vem dele, tudo é por meio dele e tudo é para ele. Toda a glória que não é dada a Deus é vanglória, é glória vazia, na verdade é idolatria e nós não podemos aceitar esta realidade no contexto de uma igreja que se chama evangélica. Nós precisamos de uma nova reforma.

Mas é importante ainda dizer o seguinte: eu disse que o meu tema hoje é reforma e reavivamento. Por outro lado, nós temos também uma igreja que se diz reformada, uma igreja que se diz histórica, uma igreja que se diz plantada no solo da verdade, mas que também, por outro lado, professa uma ortodoxia morta, sem vida, sem viço, sem alegria de Deus, sem fervor espiritual. Um intelectualismo árido, seco, morto e vazio. Precisamos de reavivamento. Precisamos de uma vida plena do Espírito Santo de Deus. Não basta apenas ter luz na cabeça, é preciso ter fogo no coração. Não basta apenas ter conhecimento, é preciso ter também experiência. Não basta apenas saber muito a respeito de Deus, é preciso ter intimidade com Deus.

Eu olho para a bíblia e vejo, por exemplo, a igreja de Éfeso. Jesus Cristo elogiou a igreja de Éfeso pela sua ortodoxia. Era uma igreja que não tolerava o engano, que não tolerava as falsas doutrinas, que não tolerava as heresias. Mas Jesus Cristo disse para aquela igreja: “eu tenho uma coisa contra ti” igreja de Éfeso, é que “tu abandonaste o teu primeiro amor”. Doutrina sem vida não glorifica a Deus. Ortodoxia sem piedade não glorifica a Deus. Conhecimento teológico que não se traduz em vida, em prática de cristianismo não glorifica a Deus. Há muitas pessoas ortodoxas, mas estão secas como um poste, sem vida, sem viço, sem alegria de Deus, sem entusiasmo, sem paixão pela obra de Deus, sem envolvimento com o reino de Deus. Nós precisamos de um reavivamento espiritual.

Estamos vendo uma realidade triste no contexto evangélico, de muitas pessoas que se dizem protestantes, que se dizem reformadas, outros que se dizem calvinistas, outros que se dizem ortodoxos, mas que estão com a vida absolutamente murcha, seca, árida. Igrejas que estão morrendo, igrejas que estão minguando, igrejas que estão diminuindo, igrejas que estão encolhendo, igrejas que estão perecendo. Não por falta de conhecimento, mas por falta de aplicar este conhecimento na prática. Igrejas que muitas vezes estão ensimesmadas, soberbas. Que acham que somente elas estão no reduto da verdade e enquanto são absolutamente críticas com os outros, mas não vivem esta verdade que professam crer. Precisamos de um reavivamento.

Você olha, por exemplo, o que Jesus Cristo disse para a Igreja de Esmirna. A igreja de Esmirna era o contrário da igreja de Éfeso. A igreja de Éfeso tinha doutrina, mas não tinha amor – Jesus a corrigiu e a exortou. A igreja de Esmirna tinha amor, mas não tinha doutrina – e Jesus também a corrigiu e a exortou. Nós não podemos ter uma igreja que tem plenitude da sua cabeça e o vazio do seu coração – isso não glorifica a Deus. Nem também glorifica a Deus aquela igreja que tem a plenitude do coração e o vazio da sua cabeça. Nós precisamos voltar a unir o que nunca podia ter sido separado, ou seja: ortodoxia e piedade. Nós precisamos de doutrina certa e de vida certa. Nós precisamos de conhecimento e precisamos de prática de cristianismo. Nós precisamos de teologia certa e de cristianismo certo, nós precisamos de reforma e de reavivamento.

Eu olho pra história da igreja e vejo que muitas vezes a ortodoxia por si mesma não pôde produzir os resultados que a igreja precisava. Só quando a igreja se humilha, só quando a igreja chora pelos seus pecados, só quando a igreja acerta sua vida com Deus, só quando a igreja se prostra sob a onipotente e poderosa mão de Deus e clama por um despertamento e clama pela plenitude do Espírito Santo de Deus, é que esta igreja é revitalizada, é fortalecida, é reavivada e ela se levanta como que de um vale de ossos secos para se tornar um poderoso exército nas mãos do Deus todo-poderoso.

Eu aguardo o tempo em que as igrejas evangélicas desta nação se voltem para as Escrituras. Este é o meu sonho, este é o meu projeto de vida, este é o meu empenho ao percorrer a nação brasileira: é conclamar a igreja evangélica brasileira a voltar para a bíblia, para que os púlpitos se tornem instrumentos da proclamação da verdade do evangelho.

Mas, muito mais do que isso, nós precisamos ter uma vida cheia de Deus, da plenitude de Deus, da plenitude do Espírito Santo de Deus. Por que não basta apenas conhecimento, é preciso ter vida no altar de Deus, vida cheia do Espírito Santo de Deus. Este país, a nação brasileira, precisa experimentar um verdadeiro avivamento espiritual. Não avivamento forjado, fabricado, não fogo estranho, não algo que o homem produz. Nós precisamos entender que avivamento espiritual é obra soberana do Espírito Santo de Deus. A igreja não produz avivamento. A igreja ora por avivamento. A igreja prepara o caminho para a chegada do avivamento. Mas só o Espírito Santo de Deus pode produzir um verdadeiro avivamento espiritual.

Você que está me vendo e ouvindo nesta hora.* Eu gostaria de conclamar você a buscar de Deus uma reforma espiritual na sua vida e a buscar um reavivamento espiritual para sua vida. Para que você ore, para que haja uma reforma espiritual na igreja evangélica brasileira e para que esta igreja, em verdade, ela possa então buscar um reavivamento.

Eu preciso dizer para você: não há reavivamento sem reforma. Não há plenitude do Espírito onde a palavra de Deus está sendo neutralizada por tantas novidades e heresias que tem encontrado guarida no campo e na seara evangélica brasileira. Nós precisamos voltar para a bíblia e então buscar de Deus um verdadeiro e genuíno avivamento espiritual.

Eu quero orar com você. E eu anseio ardentemente que você entre nesta cruzada conosco. Que você abrace esta causa conosco, para que Deus, com sua imensa graça, nos dê a bênção de ver na nação brasileira uma igreja bíblica, uma igreja fiel, uma igreja verdadeira, uma igreja cheia do Espírito Santo de Deus.


*Mensagem transmitida pela televisão no programa “Verdade e Vida”, em 31 de Outubro de 2009.
Confira o vídeo:  parte 1  e  parte 2 

sábado, 7 de novembro de 2009

2012 - VERDADE OU MITO?


Por Alan Capriles

Com estréia prevista para a próxima sexta-feira (13 de Novembro), o filme 2012 promete ser o filme catástrofe do ano. Seu diretor, Roland Emerich, já ficou mundialmente conhecido por dois outros filmes do mesmo gênero, "Independence Day" e "O Dia Depois de Amanhã".

Neste filme, nem o famoso monumento do Cristo Redentor escapa da fúria da natureza. A trama se aproveita da polêmica que circula na internet em torno do calendário Maia. A última data deste calendário é o dia 21 de Dezembro de 2012. Como os maias eram peritos em astronomia, muitos acreditam que eles teriam previsto uma catástrofe astronômica para esta data: o fim do mundo, ou o começo de uma nova era para a humanidade.

Coincidência ou não, circula na internet vídeos que anunciam um raro alinhamento cósmico previsto para esta mesma data. Segundo um documentário do History Channel, veiculado pelo youtube, "em dezembro de 2012 o Sol do solstício vai se alinhar com o centro da nossa galáxia, a Via Láctea. É um raro alinhamento cósmico. Acontece uma vez a cada 26 mil anos. [...] Ao mesmo tempo ocorre outro raro fenômeno astrológico: uma mudança do eixo da Terra em relação à esfera celeste. O fenômeno se chama precessão e a data exata em que se dará este estraordinário alinhamento galático será 21 de Dezembro de 2012." Você pode conferir este vídeo, clicando aqui.

Alguns crêem que, após este alinhamento cósmico, o pólo magnético da Terra (que faz com que as bússolas apontem sempre para o Norte) será alterado e, possivelmente, até invertido. Isto causaria catástrofes climáticas inimagináveis. É a chamada teoria da inversão magnética. Mas, lembre-se: é apenas uma teoria. Ou, talvez, mera especulação.

Acrescente-se a isto a previsão científica de que fortes tempestades solares devem ocorrer em 2012. Como se sabe, a Terra sofre influência dos fenômenos ocorridos no Sol, que, quando intensos, podem gerar fortes alterações climáticas em nosso planeta.

O calendário maia é verídico, existe mesmo, apesar de criado por um povo que já foi extinto. No entanto, ele teria que terminar em alguma data, o que não significa ser o fim do mundo, mas apenas o fim de um calendário, nada mais. Quanto ao alinhamento cósmico - se é que ocorrerá mesmo - pode não exercer nenhuma influência sobre a Terra, devido a distância extremamente absurda que nos encontramos em relação ao centro da Via Láctea.

O que não tem nada de verídico são as especulações de alguns ufólogos e espiritualistas acerca do ano 2012. Eles prevêem a chegada de discos voadores e a passagem pelo sistema solar de um enorme planeta, chamado de Nibiru, o que causaria terríveis terremotos e tempestades na Terra, devido a sua influência gravitacional sobre a mesma. Obviamente, tratam-se de oportunistas, que se aproveitam das especulações em torno de 2012 para se auto-promoverem.

A única previsão correta, astronomicamente falando, é a de um período de intensa atividade solar, fenômeno que ocorre a cada 11 anos. Isto sempre ocorreu, desde que a Terra gira em torno do Sol. O último ciclo de tempestades solares aconteceu em 2001 e, como se sabe, o mundo não acabou. Por que acabaria em 2012?

De qualquer forma, como cristãos, devemos estar sempre vigilantes e consagrados a Deus para o dia de nossa partida. Lembre-se de que alguns de nossos irmãos não chegaram nem sequer ao ano de 2009! Para eles, o Senhor já voltou, não é mesmo? Portanto, não espere por 2012 para levar Deus a sério. "Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus." (Romanos 14:12)

E, se porventura os últimos sinais que antecedem a vinda de Cristo começarem a ocorrer, temos uma clara orientação de nosso Senhor a respeito de como devemos agir:

"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima." (Lucas 21:25-28)

Porém, não se esqueça que o Senhor Jesus também nos alertou:

"Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai." (Jesus Cristo, em Mt 24:36)

Portanto, que venha 2012! e 2013, 2014... ou não?


Confira também matéria publicada na Revista Galileu, clicando aqui.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O REVERENDO ESTÁ FORA DO AVIVAMENTO TOTAL


O Reverendo Hernandes Dias Lopes não é mais preletor do Congresso Avivamento Total 2009. Ou melhor, nunca foi realmente.

Contrariando o que está sendo divulgado pelo pastor Jabes Alencar, o site do programa Verdade e Vida divulgou, nesta segunda-feira, 02 de Novembro, que o nome do reverendo Hernandes foi colocado entre os preletores sem a autorização do mesmo. E ainda exige que uma retratação esteja indo ao ar no próximo programa da AD Bom Retiro, como se pode ver nesta notícia que está no site verdadeevida.com.br :


No entanto, o reverendo Hernandes continua sendo divulgado pelo site da AD Bom Retiro como um dos preletores. Ao menos até o presente momento.


A questão é: o que teria levado o pastor Jabes a incluir o nome do reverendo entre os preletores? Pricipalmente sem a confirmação do mesmo! Isto é bastante suspeito...

Não seria uma forma sutil de "moldar" a pregação do reverendo ao estilo de mensagem pregada pelos demais preletores? Somente quem acompanha as mensagens pregadas pelo reverendo Hernandes pode compreender o que estou dizendo. Especialmente quem assistiu suas últimas mensagens, entre as quais devo destacar: "Um clamor por avivamento", "A necessidade do evangelho" e "Reforma: o desafio continua".

As pregações do reverendo Hernandes são totalmente opostas aos demais programas do sábado pela manhã! Ele prega o verdadeiro evangelho de Cristo, que exige arrependimento, renúncia, novo nascimento e frutos de conversão. Suas pregações, por serem puramente bíblicas, contrastam com as mensagens ralas dos demais programas evangélicos. E, certamente, está incomodando.

O título do congresso promovido pela AD Bom Retiro é "Avivamento Total". Para que você faça uma idéia do que é um verdadeiro avivamento, à luz das Escrituras, recomendo que assista este vídeo do reverendo Hernandes Dias Lopes, no qual ele deixa bem claro que avivamento não pode ser agendado pelo homem.

Eu não sou presbiteriano, mas reconheço que o programa Verdade e Vida é o único em que ainda se prega o genuíno evangelho de Cristo. Fica muito difícil enganar as pessoas com um falso evangelho, quando alguém ainda tem coragem de expor o que Jesus realmente ensinou.

Glorifico a Deus pela vida do reverendo Hernandes Dias Lopes. Oremos para que os demais pregadores tenham a mesma coragem, de dizer o que as pessoas precisam ouvir, e não o que desejam ouvir.

Não posso concluir sem acrescentar isto. O reverendo está fora do congresso Avivamento Total justamente porque compreende o que é um verdadeiro avivamento.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A NECESSIDADE DO ARREPENDIMENTO


O evangelho de Jesus Cristo é, antes de tudo, um alerta para a urgente necessidade do arrependimento de pecados. Um pregador que não mencione a importância de arrepender-se, simplesmente não está pregando o evangelho. Pode ser que ele esteja pregando qualquer outra coisa, menos o evangelho de Jesus Cristo.

Pense nisso... quantas vezes, ou qual foi a última vez, que você ouviu um pregador exortar seus ouvintes a que se arrependam? No entanto, a pregação bíblica, principalmente a neotestamentária, é um convite insistente ao arrependimento. Não somente o próprio Senhor Jesus, mas também Pedro, Paulo, os demais apóstolos, e até mesmo João Batista, precursor do Cristo, pregavam assim.

“E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.” (Mateus 3:1-2)

“Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.” (Mateus 4:17)

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (Atos 2:38)

“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam, porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.” (Paulo, em Atos 17:30-31)

O Senhor Jesus nos deu a ordem: "pregai o evangelho" (Mc 16:15). Ele não disse "pregai motivação e auto-ajuda" ou "pregai vitória e prosperidade" ou ainda "pregai promessas de milagres" - mensagens que são comuns hoje em dia.  Para quem conhece o Novo Testamento, assistir como a mensagem de Cristo tem sido cada vez mais deturpada é algo assustador!

No entanto, o sucesso dos pregadores de ilusões é cumprimento de profecias da Bíblia, dentre as quais destaco a seguinte:

“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” (2 Timóteo 4:3-4 RA)

E a verdade, que a maioria se recusa ouvir, é que sem o verdadeiro arrependimento de pecados, não há salvação. Esta é a verdade. Mas, como se arrependerão, se não houver mais quem pregue sobre o juízo de Deus? Como se arrependerão, se não houver mais quem pregue sobre o pecado? Como se arrependerão, se não houver quem pregue a justiça quem vem pela fé no Senhor Jesus?

Oremos para que o evangelho volte a ser pregado, na unção do Espírito Santo, que convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). Oremos para que os pregadores queiram agradar a Deus e não aos homens (Gl 1:10), dizendo-lhes a verdade que precisam ouvir para serem salvos, e não a mentira que desejam ouvir para se sentirem bem. Oremos para que os homens se arrependam com lágrimas (Tg 4:4-10) e realmente se convertam a Cristo (Atos 3:19), a fim de serem reconciliados com Deus e salvos da ira (Rm 5:9-10). Oremos para que não seja pregado legalismo, mas sim a graça da salvação por meio da fé em Jesus Cristo (Ef 2:8). Oremos para que os crentes professos sejam regenerados (1Pe 1:23), e obedeçam a Deus porque houve uma transformação, e não por obrigação (1 João 3:9). Oremos para que hajam verdadeiros cristãos e não esta religiosidade hipócrita, que hoje se vê.

Oremos, porque...
"se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis."
(Jesus Cristo, em Lc 13:3,5)

sábado, 26 de setembro de 2009

O SEGREDO DE UM EVANGELISTA




Este era também o segredo de todos os gigantes da fé. Leia com muita atenção e, sobretudo, experimente você mesmo. Mas certifique-se de que a sua motivação é tão somente a glória de Deus. Do contrário, nada acontecerá. Eis o segredo de Charles G. Finney, um dos evangelistas mais usados por Deus em toda história, e revelado por ele mesmo. 
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Para honra exclusiva de Deus, contarei um pouco da minha própria experiência no assunto. Fui poderosamente convertido na manhã do dia 10 de outubro. À noitinha do mesmo dia, e na manhã do dia seguinte, recebi batismos irresistíveis do Espírito Santo, que me traspassaram, segundo me pareceu, corpo e alma. 

Imediatamente me achei revestido de tal poder do alto, que umas poucas palavras ditas aqui e ali a indivíduos provocavam a sua conversão imediata. 

Parecia que minhas palavras se fixavam como flechas farpadas na alma dos homens. Cortavam como espada; partiam como martelo os corações. Multidões podem confirmar isso. Muitas vezes uma palavra proferida, sem que disso eu me lembrasse, trazia convicção, resultando, em muitos casos, na conversão quase imediata.

Algumas vezes me achava vazio desse poder: saía a fazer visitas e verificava que não causava nenhuma impressão salvadora. Exortava e orava, com o mesmo resultado.

Separava então um dia para jejum e oração, temendo que o poder me houvesse deixado e indagando ansiosamente pela razão desse estado de vazio.

Após ter-me humilhado e clamado por auxílio, o poder voltava sobre mim em todo o seu vigor. Tem sido essa a experiência da minha vida.

Poderia encher um volume com a história da minha própria experiência e observação com respeito a esse poder do alto. É um fato que se pode perceber e observar, mas é um grande mistério. [...]

Esse poder é uma grande maravilha! Muitas vezes já vi pessoas incapazes de suportar a palavra. As declarações mais simples e comuns cortavam os homens como espada, onde se achavam sentados, tirando-lhes a força física e tornando-os desamparados como mortos. Várias vezes já fiquei impossibilitado de levantar a voz, ou de falar em oração ou exortar a não ser de modo bem suave, sem dominar inteiramente os presentes. Não que eu pregasse de modo a aterrorizar o povo: os mais doces sons do evangelho os submergiam. Parece que às vezes esse poder permeia o ambiente das pessoas que o possuem. Muitas vezes em uma comunidade grande número de pessoas é revestido desse poder, e então toda a atmosfera do lugar parece ficar impregnada com a vida de Deus. Os estranhos que ali chegam de fora, de passagem pelo lugar, são, de repente, tomados de convicção de pecado e, em muitos casos, se convertem a Cristo.

Quando os cristãos se humilham e consagram novamente a Cristo tudo o que possuem, pedindo então esse poder, recebem muitas vezes esse batismo e se tornam instrumentos da conversão de mais almas em um dia do que em toda a sua vida até então. Enquanto os crentes permanecem humildes bastante para continuar de posse desse poder, a obra da conversão prossegue até que comunidades e mesmo regiões inteiras se convertem a Cristo. O mesmo acontece com pastores.

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Charles G. Finney

Trecho do livro "Uma Vida Cheia do Espírito"

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

POR QUE TARDA O AVIVAMENTO?

O impressionante texto abaixo foi escrito em 1959, mas nunca esteve tão atual e urgentemente necessário.

Antes de tudo, quero lembrar que "avivamento" nada tem haver com pula-pula, gritaria, ou cai-cai. Trata-se de um despertamento espiritual e pleno para Deus e sua vontade, resultando em vidas realmente convertidas a Cristo. Nada parecido com os supostos "cultos de avivamento" propagados em nossos dias.

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Por Leonard Ravenhill

Por que tarda o avivamento? A resposta é muito simples.

Tarda porque os pregadores e evangelistas estão mais preocupados com dinheiro, fama e aceitação pessoal, do que em levar os perdidos ao arrependimento.


Tarda porque nossos cultos evangelísticos parecem mais shows teatrais do que pregação do evangelho.


O avivamento tarda porque os evangelistas de hoje têm receio de falar contra as falsas religiões.

Elias zombou dos profetas de Baal, e debochou da sua incapacidade de fazer chover. Seria melhor que saíssemos à noite (como fez Gideão), e derrubássemos os postes-ídolos dos falsos deuses, do que deixar de realizar a vontade de Deus. As seitas anticristãs e as religiões ímpias desta nossa hora final constituem um insulto contra Deus. Será que ninguém fará soar o alarme?
Por que não protestamos? Se tivéssemos metade da importância que julgamos ter e um décimo do poder que pensamos possuir, estaríamos recebendo um batismo de sangue, tanto quanto recebemos de água e fogo.
As portas das igrejas da Inglaterra se fecharam para João Wesley. E um de seus críticos disse que “ele e seus tolos pregadores leigos — esses grupos de funileiros, garis, carroceiros e limpadores de chaminés — estão saindo por aí a envenenar a mente das pessoas”. Que linguagem abusiva! Mas Wesley não tinha medo nem de homens nem de demônios. E se Whitefield era ridicularizado nas peças de teatro da Inglaterra da maneira mais vergonhosa possível, e se os cristãos do Novo Testamento foram apedrejados e sofreram todo tipo de ignomínia, por que será que nós, hoje em dia, não provocamos mais a ira do inferno, já que o pecado e os pecadores continuam sempre os mesmos? Por que será que somos tão gelados e enfadonhos? É bem verdade que pode haver muito tumulto sem avivamento. Mas, à luz do ensino bíblico e da história da igreja, não podemos ter avivamento sem tumulto.

O avivamento tarda porque não temos mais intensidade e fervor na oração.
Há algum tempo, um famoso pregador, ao iniciar uma série de conferências, fez a seguinte declaração: “Vim para esta série de conferências com grande desejo de orar. Agora peço àqueles que gostariam de carregar junto comigo esse peso que ergam uma das mãos, e que ninguém seja hipócrita”.
Um bom número de pessoas levantou a mão. Mas, lá pelo meio da semana, quando alguns resolveram promover uma vigília, o grande pregador foi dormir. Que hipocrisia!
Já não existe mais integridade. Tudo é superficial. O fator que mais retarda a vinda de um avivamento do Espírito Santo é essa ausência de angústia de alma. Em vez de buscarmos a propagação do reino de Deus, estamos fazendo mais propaganda. Que loucura! Quando Tiago (5.17) diz que Elias “orou”, estava acrescentando um valioso adendo à biografia dele registrada no Velho Testamento. Sem essa observação, ao lermos ali: “Elias profetizou”, concluiríamos que a oração não fez parte da vida dele.

Em nossas orações ainda não resistimos até o sangue; não mesmo. Como diz Lutero, “nem ao menos fizemos suar nossa alma”. Oramos com uma atitude tipo “o que vier está bom”. Deixamos tudo ao acaso. Nossas orações não nos custam nada. Nem mesmo demonstramos forte desejo de orar. Fica tudo na dependência de nossa disposição, e por isso oramos de forma intermitente e espasmódica.
A única força diante da qual Deus se rende é a oração. Escrevemos muito sobre o poder da oração, mas ao orar não temos aquele espírito de luta. Nós fazemos tudo: exibimos nossos dons espirituais ou naturais; expomos nossas opiniões, políticas ou religiosas; pregamos sermões ou escrevemos livros para corrigir desvios doutrinários. Mas quem quer orar e atacar as fortalezas do inferno? Quem irá resistir ao diabo? Quem quer privar-se de alimento, descanso e lazer, para que os infernos o vejam lutando, envergonhando os demônios, libertando os cativos, esvaziando o inferno, e sofrendo as dores de parto para deixar atrás de si uma fileira de pessoas lavadas pelo sangue de Cristo?


Em último lugar, o avivamento tarda porque roubamos a glória que pertence a Deus.
Reflitamos um pouco sobre essas palavras de Jesus: “Eu não aceito glória que vem dos homens”. “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.41,44.) Chega de toda essa autopromoção nos púlpitos. Chega de tanto exaltar “meu programa de rádio”, “minha igreja”, “meus livros”. Ah, que repulsiva demonstração carnal vemos nos púlpitos: “Hoje, temos o grande privilégio...” E os pregadores aceitam isso; não, eles já o esperam. (E se esquecem de que só estão ali pela graça de Deus.) E a vaidade é que, quando ouvimos tais homens pregar, notamos que nunca ficaríamos sabendo que eram tão importantes, se não tivessem sido apresentados como tal.

Coitado de Deus! Ele não está recebendo muita glória! Então, por que ele ainda não cumpriu sua terrível mas bendita ameaça de que iria vomitar-nos de sua boca? Nós fracassamos; estamos impuros. Apreciamos os louvores dos homens. Buscamos nossos próprios interesses. Ó Deus, liberta-nos dessa existência egoística, egocêntrica! Dá-nos a bênção do quebrantamento! O juízo deve começar por nós, pelos pregadores!

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Trecho do livro "Por que Tarda o Pleno Avivamento?"
Leonard Ravenhill

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CONFRONTANDO A IGREJA PÓS-MODERNA


Este é um teste que deve ser respondido com sinceridade, seriedade e, obviamente, à luz da palavra de Deus. O objetivo é que venhamos refletir naquilo que se apresenta hoje como igreja evangélica.

Não que a igreja onde congrego seja perfeita, mas penso que o maior pecado é quando nos acomodamos com o erro, e preferimos “lavar as mãos”, como fez Pilatos quando esteve diante da Verdade.

São dez tópicos, todavia poderiam ser muito mais ainda. Você tem toda liberdade para aumentar esta lista, ou para tornar pública sua opinião, enumerando suas respostas de acordo com o número da pergunta.

Apenas não poderei publicar ofensas, mas qualquer que seja sua opinião, ainda que contrária ao que penso, ela será publicada.

Pense nisso e responda se quiser:

1. O Evangelho
O genuíno evangelho de Jesus Cristo é o que tem sido pregado?

2. A Salvação
Uma pessoa é salva somente porque repetiu uma oração, supostamente “aceitando Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador”?

3. A Pregação
O tempo concedido para a pregação tem sido suficiente?

4. A Adoração
A adoração deve se resumir apenas ao período de louvor no culto?

5. O Ofertório
A maioria das pessoas tem ofertado sem constrangimento?

6. O Altar
O altar é um lugar onde somente Deus tem sido exaltado? (O extremo contrário disto seria um palco para apresentações)

7. O Comércio
É correto a igreja receber cantores e pregadores que estipulem “cachê”?

8. A Igreja
É correto que uma igreja seja avaliada pelo número de membros que a compõe?

9. O Culto
As orientações de Paulo em relação ao culto (1 Cor 14:23-32) devem ser ignoradas?

10. O Pastor
Pastor que não conhece de perto as ovelhas do Senhor (que ele deve apascentar) é, de fato, um pastor?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

SEJA UM CRISTÃO PERSEGUIDO


Se você não é novo no meio evangélico, certamente já ouviu falar nos “cristãos perseguidos”. São assim chamados nossos irmãos que vivem nas nações onde o cristianismo é proibido. Não duvido que estes missionários realmente paguem um alto preço para se apregoar o evangelho, muitas vezes pagando com a própria vida. O que me deixa preocupado é que raramente se sabe de um cristão perseguido em nosso país. A tal ponto que o termo “cristão perseguido” virou sinônimo apenas de crentes que vivem na janela 10x40.

Será que um cristão precisa viver em outras nações, como a Coréia do Norte, o Irã ou a Arábia Saudita para ser perseguido? O apóstolo Paulo declarou enfaticamente que “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (2 Timóteo 3:12 RA) Como se percebe, meditando neste versículo, não é a localidade que torna um cristão perseguido, mas a qualidade do seu cristianismo.

Não creio que Paulo estivesse exagerando. A perseguição é a conseqüência inevitável de uma vida cristã autêntica, o preço a se pagar por preferir agradar a Deus e não aos homens. Desta forma, a quase ausência de cristãos perseguidos em nosso país reflete a superficialidade do evangelho vivido pela maioria dos crentes brasileiros.

Ou será que eu é que estou exagerando? Creio que não. Quanto mais medito na palavra de Deus – especialmente nos evangelhos, no livro de Atos e nas epístolas – mais me dou conta de quão superficial tem sido a mensagem pregada na maioria das igrejas. Suponho que no afã pelo aumento do número de membros, muitos pregadores não dizem mais o que se precisa ouvir, mas buscam pregar apenas o que se deseja ouvir. Mensagens triunfalistas estão na moda, especialmente aquelas que não exigem nenhum concerto para se obter o favor de Deus. Uma igreja caracterizada por mensagens de auto-motivação certamente vai crescer mais rápido que as igrejas onde se prega o verdadeiro evangelho; porque esta mensagem exige arrependimento, conversão e compromisso com Deus, enquanto aquela se trata de uma mensagem humanista, centralizada no homem e não em Cristo.

O rápido crescimento destas igrejas não me fascina, porque não me ilude. Quando penso nisso me lembro de um jardim que está sob meus cuidados. Toda semana preciso arrancar o mato e as ervas daninhas que surgem naquele jardim. É impressionante como elas crescem rápido! Em poucos dias elas ultrapassam o tamanho das belas plantas ornamentais, que levaram meses para crescer. Mas quando vou arrancá-las, aquelas ervas daninhas saem com a maior facilidade, porque não tem raiz profunda. Aliás, quase não tem raiz nenhuma! Será que não é este o problema da igreja contemporânea? O número de evangélicos tem crescido rapidamente, mas o evangelho pregado para maioria destes crentes não tem tido profundidade alguma. Como conseqüência, muitos crentes da atualidade não se parecem com Cristo, pois não tem compromisso com seu evangelho.

A realidade é que os crentes de hoje não são mais perseguidos. Pelo menos, não no Brasil. E por que seriam? Afinal, eles não mais incomodam. Eles estão cada vez mais parecidos com o mundo! Percebo que a maioria destes não quer se indispor com ninguém; preferem fazer “vista grossa” para o erro dos outros. A filosofia do “to nem aí” e do “não tem nada a ver” está ganhando muitos adeptos nas igrejas. São crentes que não se posicionam, que não definem claramente de qual lado estão, se da carne, ou do Espírito. São como os crentes mornos da igreja de Laodicéia, que o Senhor estava a ponto de vomitar. (Apocalipse 3:16)

Deste modo, se você se preocupa em agradar a todos, talvez esteja enganado com o evangelho (Gl 1:10). Nosso Senhor foi bem claro: “Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros” (Jo 15:20). Quanto mais nos parecemos com Cristo, mais seremos perseguidos, assim como ele mesmo sofreu perseguição. Chegaram a ponto de acusá-lo de estar endemoninhado e, a respeito disso, ele nos alertou: “Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mateus 10:25)

Nenhum de nós é melhor do que Jesus (Lc 6:40). Como é que alguém pode ousar dizer-se cristão sem ser odiado por ninguém? O próprio Senhor denunciou esta hipocrisia, quando asseverou: “Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.” (Lucas 6:26 RA) Em outras palavras, para um crente ser louvado por todos, basta que ele seja falso.

Portanto, se um crente não sofre nenhum tipo de perseguição é hora de rever seu cristianismo. Mas quero concluir lembrando que vale muito a pena ser perseguido por amor a Cristo. E que esta bem-aventurança conforte você, assim como tem fortalecido a mim, toda vez que descubro ser um cristão perseguido em minha própria nação.

“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.” (Mateus 5:11-12 RA)