sábado, 26 de setembro de 2009

O SEGREDO DE UM EVANGELISTA




Este era também o segredo de todos os gigantes da fé. Leia com muita atenção e, sobretudo, experimente você mesmo. Mas certifique-se de que a sua motivação é tão somente a glória de Deus. Do contrário, nada acontecerá. Eis o segredo de Charles G. Finney, um dos evangelistas mais usados por Deus em toda história, e revelado por ele mesmo. 
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Para honra exclusiva de Deus, contarei um pouco da minha própria experiência no assunto. Fui poderosamente convertido na manhã do dia 10 de outubro. À noitinha do mesmo dia, e na manhã do dia seguinte, recebi batismos irresistíveis do Espírito Santo, que me traspassaram, segundo me pareceu, corpo e alma. 

Imediatamente me achei revestido de tal poder do alto, que umas poucas palavras ditas aqui e ali a indivíduos provocavam a sua conversão imediata. 

Parecia que minhas palavras se fixavam como flechas farpadas na alma dos homens. Cortavam como espada; partiam como martelo os corações. Multidões podem confirmar isso. Muitas vezes uma palavra proferida, sem que disso eu me lembrasse, trazia convicção, resultando, em muitos casos, na conversão quase imediata.

Algumas vezes me achava vazio desse poder: saía a fazer visitas e verificava que não causava nenhuma impressão salvadora. Exortava e orava, com o mesmo resultado.

Separava então um dia para jejum e oração, temendo que o poder me houvesse deixado e indagando ansiosamente pela razão desse estado de vazio.

Após ter-me humilhado e clamado por auxílio, o poder voltava sobre mim em todo o seu vigor. Tem sido essa a experiência da minha vida.

Poderia encher um volume com a história da minha própria experiência e observação com respeito a esse poder do alto. É um fato que se pode perceber e observar, mas é um grande mistério. [...]

Esse poder é uma grande maravilha! Muitas vezes já vi pessoas incapazes de suportar a palavra. As declarações mais simples e comuns cortavam os homens como espada, onde se achavam sentados, tirando-lhes a força física e tornando-os desamparados como mortos. Várias vezes já fiquei impossibilitado de levantar a voz, ou de falar em oração ou exortar a não ser de modo bem suave, sem dominar inteiramente os presentes. Não que eu pregasse de modo a aterrorizar o povo: os mais doces sons do evangelho os submergiam. Parece que às vezes esse poder permeia o ambiente das pessoas que o possuem. Muitas vezes em uma comunidade grande número de pessoas é revestido desse poder, e então toda a atmosfera do lugar parece ficar impregnada com a vida de Deus. Os estranhos que ali chegam de fora, de passagem pelo lugar, são, de repente, tomados de convicção de pecado e, em muitos casos, se convertem a Cristo.

Quando os cristãos se humilham e consagram novamente a Cristo tudo o que possuem, pedindo então esse poder, recebem muitas vezes esse batismo e se tornam instrumentos da conversão de mais almas em um dia do que em toda a sua vida até então. Enquanto os crentes permanecem humildes bastante para continuar de posse desse poder, a obra da conversão prossegue até que comunidades e mesmo regiões inteiras se convertem a Cristo. O mesmo acontece com pastores.

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Charles G. Finney

Trecho do livro "Uma Vida Cheia do Espírito"

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

POR QUE TARDA O AVIVAMENTO?

O impressionante texto abaixo foi escrito em 1959, mas nunca esteve tão atual e urgentemente necessário.

Antes de tudo, quero lembrar que "avivamento" nada tem haver com pula-pula, gritaria, ou cai-cai. Trata-se de um despertamento espiritual e pleno para Deus e sua vontade, resultando em vidas realmente convertidas a Cristo. Nada parecido com os supostos "cultos de avivamento" propagados em nossos dias.

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Por Leonard Ravenhill

Por que tarda o avivamento? A resposta é muito simples.

Tarda porque os pregadores e evangelistas estão mais preocupados com dinheiro, fama e aceitação pessoal, do que em levar os perdidos ao arrependimento.


Tarda porque nossos cultos evangelísticos parecem mais shows teatrais do que pregação do evangelho.


O avivamento tarda porque os evangelistas de hoje têm receio de falar contra as falsas religiões.

Elias zombou dos profetas de Baal, e debochou da sua incapacidade de fazer chover. Seria melhor que saíssemos à noite (como fez Gideão), e derrubássemos os postes-ídolos dos falsos deuses, do que deixar de realizar a vontade de Deus. As seitas anticristãs e as religiões ímpias desta nossa hora final constituem um insulto contra Deus. Será que ninguém fará soar o alarme?
Por que não protestamos? Se tivéssemos metade da importância que julgamos ter e um décimo do poder que pensamos possuir, estaríamos recebendo um batismo de sangue, tanto quanto recebemos de água e fogo.
As portas das igrejas da Inglaterra se fecharam para João Wesley. E um de seus críticos disse que “ele e seus tolos pregadores leigos — esses grupos de funileiros, garis, carroceiros e limpadores de chaminés — estão saindo por aí a envenenar a mente das pessoas”. Que linguagem abusiva! Mas Wesley não tinha medo nem de homens nem de demônios. E se Whitefield era ridicularizado nas peças de teatro da Inglaterra da maneira mais vergonhosa possível, e se os cristãos do Novo Testamento foram apedrejados e sofreram todo tipo de ignomínia, por que será que nós, hoje em dia, não provocamos mais a ira do inferno, já que o pecado e os pecadores continuam sempre os mesmos? Por que será que somos tão gelados e enfadonhos? É bem verdade que pode haver muito tumulto sem avivamento. Mas, à luz do ensino bíblico e da história da igreja, não podemos ter avivamento sem tumulto.

O avivamento tarda porque não temos mais intensidade e fervor na oração.
Há algum tempo, um famoso pregador, ao iniciar uma série de conferências, fez a seguinte declaração: “Vim para esta série de conferências com grande desejo de orar. Agora peço àqueles que gostariam de carregar junto comigo esse peso que ergam uma das mãos, e que ninguém seja hipócrita”.
Um bom número de pessoas levantou a mão. Mas, lá pelo meio da semana, quando alguns resolveram promover uma vigília, o grande pregador foi dormir. Que hipocrisia!
Já não existe mais integridade. Tudo é superficial. O fator que mais retarda a vinda de um avivamento do Espírito Santo é essa ausência de angústia de alma. Em vez de buscarmos a propagação do reino de Deus, estamos fazendo mais propaganda. Que loucura! Quando Tiago (5.17) diz que Elias “orou”, estava acrescentando um valioso adendo à biografia dele registrada no Velho Testamento. Sem essa observação, ao lermos ali: “Elias profetizou”, concluiríamos que a oração não fez parte da vida dele.

Em nossas orações ainda não resistimos até o sangue; não mesmo. Como diz Lutero, “nem ao menos fizemos suar nossa alma”. Oramos com uma atitude tipo “o que vier está bom”. Deixamos tudo ao acaso. Nossas orações não nos custam nada. Nem mesmo demonstramos forte desejo de orar. Fica tudo na dependência de nossa disposição, e por isso oramos de forma intermitente e espasmódica.
A única força diante da qual Deus se rende é a oração. Escrevemos muito sobre o poder da oração, mas ao orar não temos aquele espírito de luta. Nós fazemos tudo: exibimos nossos dons espirituais ou naturais; expomos nossas opiniões, políticas ou religiosas; pregamos sermões ou escrevemos livros para corrigir desvios doutrinários. Mas quem quer orar e atacar as fortalezas do inferno? Quem irá resistir ao diabo? Quem quer privar-se de alimento, descanso e lazer, para que os infernos o vejam lutando, envergonhando os demônios, libertando os cativos, esvaziando o inferno, e sofrendo as dores de parto para deixar atrás de si uma fileira de pessoas lavadas pelo sangue de Cristo?


Em último lugar, o avivamento tarda porque roubamos a glória que pertence a Deus.
Reflitamos um pouco sobre essas palavras de Jesus: “Eu não aceito glória que vem dos homens”. “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.41,44.) Chega de toda essa autopromoção nos púlpitos. Chega de tanto exaltar “meu programa de rádio”, “minha igreja”, “meus livros”. Ah, que repulsiva demonstração carnal vemos nos púlpitos: “Hoje, temos o grande privilégio...” E os pregadores aceitam isso; não, eles já o esperam. (E se esquecem de que só estão ali pela graça de Deus.) E a vaidade é que, quando ouvimos tais homens pregar, notamos que nunca ficaríamos sabendo que eram tão importantes, se não tivessem sido apresentados como tal.

Coitado de Deus! Ele não está recebendo muita glória! Então, por que ele ainda não cumpriu sua terrível mas bendita ameaça de que iria vomitar-nos de sua boca? Nós fracassamos; estamos impuros. Apreciamos os louvores dos homens. Buscamos nossos próprios interesses. Ó Deus, liberta-nos dessa existência egoística, egocêntrica! Dá-nos a bênção do quebrantamento! O juízo deve começar por nós, pelos pregadores!

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Trecho do livro "Por que Tarda o Pleno Avivamento?"
Leonard Ravenhill

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CONFRONTANDO A IGREJA PÓS-MODERNA


Este é um teste que deve ser respondido com sinceridade, seriedade e, obviamente, à luz da palavra de Deus. O objetivo é que venhamos refletir naquilo que se apresenta hoje como igreja evangélica.

Não que a igreja onde congrego seja perfeita, mas penso que o maior pecado é quando nos acomodamos com o erro, e preferimos “lavar as mãos”, como fez Pilatos quando esteve diante da Verdade.

São dez tópicos, todavia poderiam ser muito mais ainda. Você tem toda liberdade para aumentar esta lista, ou para tornar pública sua opinião, enumerando suas respostas de acordo com o número da pergunta.

Apenas não poderei publicar ofensas, mas qualquer que seja sua opinião, ainda que contrária ao que penso, ela será publicada.

Pense nisso e responda se quiser:

1. O Evangelho
O genuíno evangelho de Jesus Cristo é o que tem sido pregado?

2. A Salvação
Uma pessoa é salva somente porque repetiu uma oração, supostamente “aceitando Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador”?

3. A Pregação
O tempo concedido para a pregação tem sido suficiente?

4. A Adoração
A adoração deve se resumir apenas ao período de louvor no culto?

5. O Ofertório
A maioria das pessoas tem ofertado sem constrangimento?

6. O Altar
O altar é um lugar onde somente Deus tem sido exaltado? (O extremo contrário disto seria um palco para apresentações)

7. O Comércio
É correto a igreja receber cantores e pregadores que estipulem “cachê”?

8. A Igreja
É correto que uma igreja seja avaliada pelo número de membros que a compõe?

9. O Culto
As orientações de Paulo em relação ao culto (1 Cor 14:23-32) devem ser ignoradas?

10. O Pastor
Pastor que não conhece de perto as ovelhas do Senhor (que ele deve apascentar) é, de fato, um pastor?