quarta-feira, 21 de julho de 2010

ESTAS CRIANÇAS CONTAM COM VOCÊ



Por Alan Capriles

O que você faria se Deus o chamasse para fazer missões no país mais difícil do mundo para se viver? É fácil responder que iria, mas não é tão fácil quanto viver lá. Estou me referindo ao Níger, país africano, de maioria muçulmana, e com o mais baixo nível de IDH (Índice de Desenvovimento Humano) do mundo! Tudo por lá é mais difícil... Agora, imagine ser missionário em um lugar assim e ainda ter que cuidar de 120 crianças!

Este é o desafio de um jovem casal que ajudamos, Jefferson e Anibelli. Em 2009 eles tiveram de assumir a Escola Anoura, no Níger, que foi construída por outros missionários, mas que estava prestes a ser desativada.

Para que dezenas de crianças não ficassem sem alimentação, estudo e evangelização, os missionários Jefferson e Anibelli assumiram a diretoria da Escola. Para isto, tiveram que mudar seus planos, pois não haviam ido para a África com este propósito, mas sim para fazer missões entre os Tuaregues.

Minha intenção com este artigo é lhe apresentar este casal, a Escola que dirigem e, principalmente, motivá-lo a contribuir mensalmente com esta obra de amor. Por favor, não despreze este apelo e ouça a voz do Espírito Santo em seu coração:

A ESCOLA ANOURA







(Trecho da carta enviada pelos missionários, em Julho de 2009, quando assumiram a Escola)


A mais de 6 anos um sonho nasceu no coração de Deus, e Ele escolheu pessoas especias  para realiza-lo. Foi então que a escola Anoura  nasceu, através do trabalho suado de muitos missionários que passaram pelo Niger e deixaram suas marcas. Hoje em dia não estão mais entre nós aqui no Niger, pois Deus os direcionou para outros lugares sedentos também, mas não podemos deixar de ressaltar sua imensa colaboração para que essa escola existisse hoje.
Atualmente a pequena semente que eles semearam cresceu bastante e a Escola Anoura  já tem 80 alunos* matriculados, ótimos professores e sobretudo, tem sido um testemunho do amor de Deus no bairro onde é localizada.
Após a saída de muitos missionários Deus enviou outros e o trabalho nunca parou, graças a isso muitas crianças daquele tempo até agora tem tido a oportunidade de serem educadas segundo os padrões e ensinamentos cristãos. Cremos na evangelização infantil e no impacto que ela pode causar nessa e na proxima geração. As crianças são o futuro do mundo, e porque não dizer o presente também, pois através delas suas familias podem ser alcançadas pelo amor do Senhor.
Nossa escola desde seu inicio tem sido mantida pela ajuda de pessoas que foram tocadas por Deus de o fazerem. Este ano temos passado por alguns momentos dificeis, onde até a alimentação das crianças poderá ser cortada ao final do ano letivo. Precisamos também urgentemente terminar nossa construção do prédio e para isso precisamos de mais recursos, lembrando que nós estamos aqui por um sonho de Deus. Ele nos manteve até aqui e não nos deixará agora.
Não cremos no sustento das mãos humanas , mas sim, que por meio delas vem o Sustento do Pai. Jorge Müller foi um exemplo de fé, ele não parou mesmo quando as circunstâncias diziam que não, e Deus o honrou grandemente.
Queridos, contamos com suas orações, e se Deus quiser te usar para abençoar este projeto, não exite em nos contactar. Deus os abençoe hoje e sempre ...

(*) Hoje já são mais de 120 alunos e os desafios aumentaram ainda mais.


OS MISSIONÁRIOS



Jefferson e Anibelli foram enviados à Africa por meio da World Horizons (WHBrasil). Mas contam com ofertas voluntárias para realizar a obra de Deus. Você pode conhecê-los diretamente, por meio de suas páginas na internet. Apesar das dificulades que encontram no Niger, eles tem conseguido acessar a internet por meio de alguma Lan-House no centro da cidade, mantendo suas páginas atualizadas. Visite os links abaixo e conheça melhor os desafios que eles enfrentam neste país muçulmano:

agadez10.spaces.live.com
missaonigerjb.blogspot.com

COMO CONTRIBUIR NESTA MISSÃO

Se você é membro da Igreja Bíblica Cristã, ou tem facilidade para estar em nossa sede, poderá solicitar um carnê missionário. São carnês personalizados, que contém, cada qual, a foto de uma daquelas 120 crianças da Escola Anoura. Nosso propósito é que, além da contribuição mensal, nossos irmãos estejam orando especificamente pelas crianças que foram "adotadas". O valor para contribuição mensal é de, no mínimo, 10 reais. A quantia pode ser entregue em nossa igreja, a fim de ser depositada na conta dos missionários. Este processo é seguro e transparente.

Caso você não tenha como solicitar seu carnê, anote a conta na qual poderá realizar o depósito de qualquer quantia:


Banco do Brasil
Agencia 4569-1
Conta poupança: 6834-9
Variação : 01
Jefferson Luiz Garcia

Se cada seguidor deste blog contriuir mensalmente com, pelo menos, 10 reais, isto fará diferença. Se for com mais de 10 reais, fará uma grande diferença. Por favor, colabore. Estas crianças precisam de você.

“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1João 3:18)

P.S.: Se você é blogueiro, cole este artigo em seu blog e nos ajude nesta campanha missionária!

Deus lhe abençoe cada dia mais!

QUEM TEM MEDO DE MONTE?

Por Alan Capriles
“E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.” (Mateus 14:23)
A prática de subir ao monte é uma questão mal resolvida no meio evangélico. Enquanto alguns fazem do monte um local sagrado, outros fazem zombaria dos que buscam a Deus em lugares assim. Entre um e outro extremo, há muitas pessoas confusas e somente poucas esclarecidas.
Como em tantas outras questões de fé, o equilíbrio é o caminho mais seguro. O extremismo é sempre desnecessário e improdutivo. E isto aplica-se também ao monte. Sinto-me a vontade para escrever sobre este assunto, pois costumo subir ao monte de uma a duas vezes por mês... E sem crise de consciência!
Por que subo ao monte? Pela mesma razão com que Jesus também o fazia: para estar a sós em oração (Lc 6:12). Respeito quem pensa diferente, mas não vejo sentido algum em subir ao monte acompanhado.
Tal como Jesus, devemos subir ao monte para estar a sós com Deus. Mas nem todos pensam assim. Sempre que subo ao monte, passo por irmãos que estão em grupo. Alguns estão orando, outros louvando, e outros fazem cultos completos, com direito a testemunhos e apelos. Como eu disse, “passo” por eles. Procuro um lugar mais afastado, em que eu possa meditar e orar sem distrações, ou interrupções. E longe do “barulho” também. Ora, reuniões em grupo nós já fazemos no templo, ou em casa. Não é preciso subir ao monte para isso.
Claro que já subi ao monte acompanhado de irmãos. Mas, nunca por acreditar que o monte seja um local sagrado, no qual Deus responde mais depressa nossas orações. Lamentavelmente, muitos têm este pensamento equivocado, de que a adoração no monte seja mais aceita por Deus. Quanto a isto, podemos aplicar aqui a resposta de Jesus à mulher samaritana:
“... nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. (...) Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” (João 4:21b,23)Quem faz do monte um lugar sagrado está se afastando do Pai, ao invés de aproximar-se dEle. Digo isto porque aquele que está em Cristo deveria saber que o seu corpo é o lugar sagrado, onde habita o Espírito Santo de Deus (1Co 3:16,17)
Como se pode notar, a questão não é o monte, mas o motivo pelo qual se vai ao monte.
Particularmente, subo ao monte para meditar e estar mais a sós com Deus em oração. É claro que também tenho meu devocional diário em casa. Mas, definitivamente, não é a mesma coisa. Quando estou orando em casa, mesmo que eu desligue o telefone, posso ser interrompido por uma visita inesperada, ou até por minha própria família. No monte consigo estar mais concentrado em Deus. Além do mais, a vista que tenho do alto do monte é inspiradora, e favorece a meditação na Palavra. É indescritível a experiência de orar contemplando o pôr do sol, a cidade vista do alto e tendo o céu por testemunha! Mas isto é muito pessoal...
No final de 2009 gravei um pequeno vídeo no monte que costumo subir. Ele pode ser visto em meu blog, ou na minha página do Youtube. E pode ser mal interpretado também. Quem assisti-lo com atenção perceberá que não estou incentivando ninguém a subir ao monte. Meu vídeo é um conselho a que se adquira o hábito de estar a sós com Deus. Charles Finney revelou, em um de seus livros, que este era o seu segredo para manter-se cheio da unção do Espírito. Finney costumava retirar-se para buscar a Deus em uma floresta.
E temos este maior exemplo no próprio Senhor. Jesus procurava lugares desertos para estar a sós com o Pai (Lc 5:16). Geralmente, o Monte das Oliveiras era este lugar (Lc 22:39).
Algumas pessoas interpretam erradamente a orientação do Senhor de se orar trancado no quarto (Mt 6:6). Concluem que Jesus estaria proibindo a oração pública. Sabemos que não há tal proibição, pois o próprio Senhor Jesus orou publicamente e também os seus discípulos. Paulo escreveu que devemos orar “em todo lugar” (1Tm 2:8). Na realidade, o que Cristo estava combatendo é a motivação errada de se orar em público “com o fim de ser visto pelos homens” (Mt 6:5). Ao mesmo tempo, o Senhor nos ensina que o Pai vê em secreto e que a fé de quem ora em secreto será recompensada. Este secreto com Deus pode ser no quarto, no monte, ou em qualquer outra parte.
Quanto a mim, tenho a vantagem de morar perto de um famoso monte de oração. A prefeita da cidade onde moro, que é evangélica, fez obras de infra-estrutura e até mudou o nome do local para “Monte das Oliveiras”. Com isto a freqüência aumentou, tornando-o mais seguro.
Por falar nisso, segurança é algo que precisamos considerar. Hoje em dia está cada vez mais perigoso estar sozinho em meio à natureza. Conheço pastores que já foram assaltados no monte e ouvi casos de irmãs que foram vítimas de abuso. Nos dois casos era noite e o monte estava deserto. Não é prudente subir ao monte nestas condições. Qualquer local deserto se torna mais perigoso à noite. Seja no monte, numa praia, ou numa floresta, devemos ter prudência, do contrário estaremos cometendo o pecado de tentar ao Senhor.
Mas, tomando-se as devidas precauções, ninguém precisa ter medo de ir ao monte. A não ser que você tenha medo dos desocupados que ficam na subida do monte entregando “profetadas”. Se este é o seu caso, seu problema não é o monte, mas a sua teologia.

Fonte: http://www.alancapriles.blogspot.com/

OITO DESCULPAS PARA NÃO EVANGELIZAR (E AS DUAS VERDADEIRAS RAZÕES)



Por Alan Capriles

Por que não compartilhamos mais nossa fé? Convide os membros de sua igreja para um ensaio teatral ou musical e muitos comparecerão. Convide-os para evangelizar e depois compare os resultados. Quas as razões disto?

Dois vídeos divulgados pelo youtube, um americano e outros brasileiro, apresentam "oito razões para não evangelizar". Eles mostram, com bastante humor, que as razões apresentadas não passam de desculpas:







Os vídeos são muito divertidos, mas não é por isso que vale a pena serem assistidos. A principal razão é porque revelam na prática que nossas razões não passam de desculpas. E cada desculpa, quando encenada, se mostra absurda:

1) Não ter muito conhecimento
2) Parecer um fanático
3) Falar coisas erradas
4) Dar mau testemunho
5) Não saber como começar
6) Medo de ser zombado
7) Falar algo sem sentido
8) Medo de apanhar

Mas, a questão é: o que está por trás de tantas desculpas para não evangelizar?

Venho meditando sobre isto há muito tempo. Acredito firmemente que as verdadeiras razões são as seguintes:

1) Não crer que o inferno seja real
Estou convencido de que a maioria dos crentes não acredita realmente que a sua vovozinha que morreu sem Cristo esteja ardendo no inferno. E,se não acreditam no inferno, pra que arriscar perder os colegas falando de Jesus pra eles? Ora, se eles morrerem sem Cristo, deve haver uma segunda chance... ou não?

2) Não se importar
Muitos daqueles que acreditam no inferno parecem não se importar com isso. Para a maioria dos crentes, tanto faz se o seu vizinho, colega, ou mesmo parente, passar a eternidade sofrendo. O mesmo quanto àqueles que crêem na aniquilação da alma. Em outras palavras, não evangelizamos porque o nosso amor ao próximo está esfriando.

Meu conselho é que oremos diariamente para que haja mais compaixão pelas almas em nós. Quando foi a última vez que você chorou por alguém que está perdido?

Vivemos dentro de um contexto egoísta e materialista, sem nos darmos conta do quanto isto nos influencia e congela nosso coração. Somente por meio da incessante oração podemos voltar a derramar lágrimas pelos perdidos. Somente com amor deixaremos nossas desculpas para não evangelizar.

“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (1 João 3:16)

Fonte: http://www.alancapriles.blogspot.com/

segunda-feira, 12 de julho de 2010

JESUS E YESHUA NO BANCO DOS RÉUS

Por Alan Capriles
Ridículo e desprezível. Estas palavras definem minha opinião a respeito de um dvd que acabo de assistir. Seu título: "Jesus e Yeshua no Banco dos Réus". Não fosse o pedido de uma irmã de nossa igreja, cujo marido pediu que eu analisasse  seu conteúdo, eu não teria nem sequer assistido tal dvd até o fim. E só me dou ao trabalho de escrever estas linhas porque sei que dvds como este fazem sucesso no meio evangélico. São copiados e recopiados, alastrando-se como praga, contaminando com dúvidas o coração dos incautos.

Produzido por um tal "Centro de Pesquisa Profético" (?) e apresentado por um sujeito que se intitula "bacharel em teologia e línguas bíblicas" (mas que mal sabe falar o português) o vídeo tem a presunção de ser um estudo. Porém, está muito longe disso...

São tantas as aberrações de "Jesus e Yeshua no Banco dos Réus", que eu não saberia nem por onde começar. Logo de início se percebe o caráter judaizante do vídeo, devido a bandeira de Israel e o menorah gigante que estão por detrás do apresentador. Será que os cristãos judaizantes nunca leram a epístola de Paulo aos Gálatas?

O apresentador, por sua vez, força tanto na impostação de voz, que nitidamente dá a impressão de que é um "zé ninguém" tentando parecer alguém importante.

Minha indignação se justifica. O propósito do tal "estudo" é, na verdade, uma grande blasfêmia. Resumindo, ele afirma que a adoração que prestamos a Jesus Cristo não estaria sendo recebida pelo Salvador, mas por uma entidade maligna, oriunda da antiga Babilônia. Ou seja, nós, cristãos, estaríamos todos perdidos, adorando uma falsa divindade. Pior ainda, quem não invoca Yeshua, mas Jesus, estaria invocando ao próprio diabo!

O mais incrível é que, para tentar provar sua tese, o vídeo insere partes de um documentário herético, mas muito popular na internet, chamado "Zeitgeist". Este documentário, é importante lembrar, já foi desmascarado e refutado com sucesso na própria internet. Ora, só o fato de se valer de um vídeo herético, produzido por ateus, seria o bastante para desmerecer "Jesus e Yeshua no Banco dos Réus".

Porém, o "estudo" apresenta muitos outros erros. Por exemplo, afirma que o hebraico foi a primeira língua do mundo, quando se sabe que a língua hebraica se origina de um grupo de línguas camito-semíticas ainda mais antigo. O vídeo trata o termo "deus" como se fosse um nome e não como de fato é, um título. Nega, ou distorce, passagens claras da Bíblia, especialmente dos evangelhos. Acrescenta às Escrituras dados de tradições duvidosas, tais como as que afirmam que os magos eram reis (Mt 2:1). E, como já era de se esperar, não revela suas fontes. Enfim, o vídeo "Jesus e Yeshua no Banco do Réus" não apresenta nenhuma prova de tudo quanto afirma, não merecendo nenhuma credibilidade.

Não é de se surpreender que, ao final do suposto "estudo", seja revelado o verdadeiro objetivo do vídeo: vender uma nova versão da bíblia, que, segundo o tal "Centro de Pesquisa Profético" é a "verdadeira bíblia". Todas as outras estariam erradas! Somente a bíblia deles é a verdadeira!

Engraçado... Eu já ouvi esta história antes... De quem foi mesmo? Ah, me lembrei: foi de uma testemunha de Jeová.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

E-MAIL DO ALÉM

Quando o homem chegou e foi para seu quarto no hotel, notou que havia um computador com acesso à internet, então decidiu enviar um e-mail à sua mulher. Mas, sem se dar conta, errou uma letra e o enviou a outro endereço, de outra pessoa...

O e-mail foi recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro do seu marido e que, ao conferir seus e-mails, desmaiou instantaneamente. O filho, ao entrar em casa, encontrou sua mãe desmaiada, perto do computador, em que na tela se poderia ler:
Querida esposa:
 
Cheguei bem. Provavelmente se surpreenda em receber notícias minhas por e-mail, mas agora tem computador aqui e podemos enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei que está tudo preparado para quando você vier. Estamos lhe aguardando para sexta que vem. Tenho muita vontade de te ver e espero que sua partida e viagem seja tão tranqüila como foi a minha.

PS: Não traga muita roupa, porque aqui faz um calor infernal...

Autor desconhecido
Adaptação: Alan Capriles

quinta-feira, 1 de julho de 2010

OS APÓSTOLOS DA BÍBLIA E OS APÓSTOLOS DA PÓS-MODERNIDADE

Por Alan Capriles
O apóstolo e o mendigo. Frente a frente. Sei que atualmente uma cena como esta seria muito improvável. Os apóstolos de hoje em dia não andam mais a pé, e seus carros estão sempre com as janelas fechadas e obscurecidas. Se bem que... apóstolo que se preza não viaja de carro, mas voa em seu jatinho particular. E, convenhamos, fica muito mais difícil ter contato com a miséria quando se está a milhares de pés de altura.

Mas, a despeito das circunstâncias atuais, imaginemos este encontro. O apóstolo e o mendigo. É bem verdade que isso já ocorreu, mas no século primeiro da era cristã. A Bíblia nos conta que os apóstolos Pedro e João subiam ao templo para orar, quando se depararam com um aleijado que mendigava e que lhes pediu uma esmola:

Apóstolos bíblicos

O aleijado pediu uma esmola e o apóstolo respondeu:
"Não tenho prata, nem ouro.
Mas o que tenho, isso te dou:
Em nome de Jesus, levanta e anda!"

Eles não tinham prata e muito menos ouro. Em outras palavras, não tinham dinheiro. Mas, se tivessem, com certeza dariam alguma prata ao mendigo, pois dar esmolas foi uma das ordenanças do Senhor Jesus (Lc 12:33). Sequer pensamos nisso, pois o milagre que se sucedeu foi tão maravilhoso que desvia nossa atenção: o aleijado se levantou, andou e saltou! (At 3:8) Porém, independente do milagre da cura, aquele aleijado receberia de Pedro e João alguma ajuda. Verdadeiros apóstolos não se esquecem dos pobres (Gl 2:10)

Será que o mesmo se aplica aos apóstolos da pós-modernidade? Sabemos que dinheiro não lhes falta. O que lhes falta, então? Depois de analisar a mensagem materialista e o estilo de vida dos atuais apóstolos, arrisco-me com a seguinte suposição:

Apóstolos pós-modernos

O aleijado pediu uma esmola e o apóstolo respondeu:
"TENHO prata e TENHO ouro.
Mas o que tenho, NÃO te dou!
Em nome de Jesus, saaaaai!"

Mas, fica difícil provar minha tese. Como já disse, o diálogo entre um apóstolo e um mendigo é praticamente impossível hoje em dia... Caso acontecesse, provaria como são diferentes os apóstolos da Bíblia e os apóstolos da pós-modernidade.

terça-feira, 22 de junho de 2010

ANÁLISE DE CANDIDATOS BÍBLICOS AO PASTORADO DE UMA IGREJA MODERNA

Uma igreja moderna constituiu um Comitê de Púlpito para sugerir nomes para avaliação pela congregação, para a escolha do futuro pastor da igreja. Entre tantos candidatos, apenas um foi selecionado. Aqui está o relatório que o Comitê apresentou:

Adão: É um bom homem, mas parece não ter nenhum controle sobre sua mulher. Existem rumores que ambos gostam de caminhar pelados nos bosques. Quando o confrontamos com esse pecado, jogou a culpa na mulher.

Noé: No pastorado anterior, que durou 120 anos, não conseguiu ganhar nenhuma alma. Susceptível a projetos de construção irrealistas. Após receber um grande livramento de Deus, esse homem demonstrou ser um fraco e passou a embriagar-se.

Abraão: Existiam rumores que praticava a troca de casais. No entanto, quando investigamos, constatamos que na verdade ele nunca dormiu com a mulher de ninguém, embora realmente tenha oferecido sua mulher para outros homens, apesar de que nada se concretizou de fato. Em certa ocasião, quase matou seu filho, sendo detido no último segundo. Teve a oportunidade de viver em uma região muito bonita e próspera, mas passou a chance para seu sobrinho. Tememos que possa vir a cair na pobreza e tornar-se um peso para a igreja na velhice. Existem rumores de que, com o consentimento da sua mulher, engravidou uma empregada doméstica, que depois de alguns anos foi demitida e enviada para longe com a criança.

José: Um estrategista de grande visão, mas parece orgulhar-se de suas capacidades. Acredita em interpretação de sonhos e já esteve preso por quase dez anos. Parece que viveu grande parte de sua vida em abjeta escravidão, o que nos faz pensar se está preparado para lidar com homens de negócios bem-sucedidos e líderes da comunidade. Certa vez acusou um homem de furto e fez com que ele fosse preso injustamente.

Moisés: Um homem manso e modesto, mas não se expressa bem, chegando a gaguejar. Isso nos faz duvidar de seu passado como membro da família real do Egito. Se ele realmente tivesse essa origem, seria um orador seguro. Algumas vezes, levanta ameaçadoramente seu cajado e tem acessos de raiva. Existem rumores de que abandonou uma igreja anterior após ser acusado de assassinato. Além disso, achamos que seu casamento inter-racial com uma mulher etíope possa vir a causar tensão na nossa igreja.

Davi: Era o líder mais promissor de todos, até que descobrimos que envolveu-se em um relacionamento extraconjugal com a mulher de um militar. Além disso, parece gostar de matar seus inimigos, em vez de procurar formar associações ecumênicas.

Salomão: É um ótimo pregador e tem uma coleção enorme de provérbios que ele mesmo criou. No entanto, a casa pastoral não é grande o suficiente para abrigar todas as suas mulheres.

Elias: Tende a cair em depressão. Desestrutura-se completamente quando é colocado sob intensa pressão. Não sabe se comportar em reuniões ecumênicas, pois zomba enquanto os outros ministros adoram e em certa ocasião até os incentivou a se cortarem com lâminas. Foi visto correndo, tentando alcançar um carro, o que nos faz suspeitar de sua sanidade.

Eliseu: Tivemos informações que morou na casa de uma mulher viúva enquanto estava em uma igreja anterior, o que pode gerar rumores e suspeitas.

Oséias: Um pastor amoroso e gentil, mas jamais poderíamos tolerar a ocupação de sua mulher.

Jeremias: É instável emocionalmente, alarmista, negativista, sempre está lamentando por alguma coisa. Soubemos que fez uma longa viagem apenas para enterrar uma peça de roupa nas margens de um rio na Síria. Um rei que leu seus escritos lançou o manuscrito no fogo imediatamente, por causa da linguagem ofensiva, mas Jeremias, teimosamente, escreveu tudo de novo.

Isaías: Parece ser fronteiriço. Afirma ter visto anjos na igreja. Tem problemas com sua linguagem. Admite abertamente que seus lábios são impuros.

Ezequiel: Este homem está completamente louco. Durante muitos dias, alimentou-se de uma ração mínima, cozida sobre o esterco de vacas. Quando sua jovem mulher morreu, não esboçou a menor reação. Afirma ter visto sacerdotes e líderes políticos praticando abominações no Templo, o que é uma acusação totalmente absurda. Achamos que precisa de internação urgente.

Jonas: Recusou o chamado de Deus para pregar no exterior, mas foi forçado a obedecer após ser engolido por um grande peixe em uma tempestade no mar. Diz que o peixe o vomitou em uma praia. Além disso, parece que prega, mas sem desejar que as pessoas realmente se convertam. Recomendamos não arriscar com esse candidato.

Amós: Devido a sua formação de homem do campo, tem a mentalidade estreita e é grosseiro ao lidar com pessoas de nível social elevado. Sua maior experiência é em tanger o gado e em colher figos. Talvez possa melhorar após estudar em um dos nossos seminários, mas parece ter um bloqueio natural contra os ricos. Achamos que seja um pastor adequado para uma igreja situada em um bairro mais pobre.

Melquizedeque: Temos ótimas referências do emprego atual dele, mas de onde vem esse homem? Não preencheu as informações no currículo sobre os empregos anteriores, nem sobre sua filiação. Recusa-se a informar a data do nascimento.

João: Diz que é batista, mas não se veste como tal. Passa vários meses dormindo ao relento, ou em cavernas, tem uma dieta totalmente estranha e provoca os líderes de outras denominações. Tem pouco tato ao lidar com os políticos de alto escalão, fazendo-lhes acusações severas. É totalmente intransigente e não sabe contemporizar.

Pedro: Um homem rude. Dizem que retorna à antiga ocupação de pescador nos momentos mais impróprios. Tem um péssimo temperamento e pragueja quando fica nervoso. Teve um entrevero com Paulo, em Antioquia. É agressivo, mas na verdade é um frouxo e chora às escondidas.

Paulo: Líder nato e um pregador fascinante. No entanto, parece ter pouco tato, é impaciente com os pastores jovens, é severo e dizem que gosta de pregar até as altas horas da noite. Além disso, sofre de um problema de visão que o incapacita até para escrever. Certa vez, provocou uma agitação civil e depois fugiu da cidade, escondido em um grande cesto. Morou durante vários meses na casa de Públio, um notório pagão, na ilha de Malta, no Mediterrâneo. Dizem que nesse lugar, fundou uma igreja e iniciou um ministério de manipulação de serpentes. Além disso, tem o inconveniente de ser solteiro.

Tiago & João: São dois irmãos que gostam de trabalhar juntos. A princípio, o pacote de pregador & assistente parece bom, mas descobrimos que têm um problema de ego com relação aos demais pregadores e que gostam de ocupar posições de destaque nas festas. Certa vez, ameaçaram fazer descer fogo do céu e destruir uma cidade, só por terem sido insultados. Tivemos informações que tentam desencorajar aqueles que não seguem exatamente suas orientações. Diótrefes, que foi líder em uma igreja informa que foi sumariamente desligado após João escrever uma carta instruindo a igreja a tomar essa atitude.

Timóteo: É jovem e inexperiente demais. Não conseguiria se impor diante dos outros jovens e dos homens mais velhos. É mestiço, e sabemos o que isso significa. Além disso, um diácono que o visitou, viu uma garrafa de vinho na estante da sua sala.

Matusalém: É velho demais, sem a menor condição de assumir um pastorado.

Jesus: Teve seus momentos de popularidade, mas depois que sua igreja atingiu 5000 membros, conseguiu ofender, escandalizar e afugentar a quase todos com sermões muito duros. Raramente fica muito tempo em um só lugar. Não tem nenhuma propriedade, bens ou patrimônio pessoal e seria um homem muito necessitado se o chamássemos, pois praticamente pede tudo emprestado e seus amigos precisam sustentá-lo e abrigá-lo em suas casas. Foi visto várias vezes saindo de tavernas e em conversações com prostitutas e com notórios pecadores na região da boca do lixo. Dizem que gosta de tomar bons vinhos e que não recusa convites para festas e banquetes. Parece estar muito preocupado com os demônios, e, por toda a parte, expulsa-os das pessoas. Elogia aqueles que contribuem com pouco para a obra de Deus e critica aqueles que contribuem com muito. Já recebeu várias ameaças de morte, devido a sua intransigência e a rejeição aberta aos grandes líderes ecumênicos. Certa vez, adentrou na maior igreja da cidade, onde havia um bazar para levantamento de fundos, e, transtornado, derrubou todas as barracas e expulsou o povo utilizando um azorrague que ele mesmo improvisou. Estar próximo de Jesus parece ser muito perigoso. Ele adverte seus seguidores que terão aflições e que serão perseguidos por serem seus discípulos. Além disso, tem a desvantagem de ser solteiro, com o agravante de não demonstrar interesse em desenvolver um relacionamento afetivo com nenhuma mulher. Grande parte de seus ensinos parece suicida, falando de sua própria morte. Seria um ministério muito negativista para a nossa igreja, lembrando que desejamos um pastor que fale sobre o poder do pensamento positivo.

Judas: As referências aqui são boas. É eficiente, discreto e tem perfil conservador. Gosta de organizar campanhas de arrecadação de fundos para ajudar as obras assistenciais. Tem boas ligações com políticos de alto escalão e com líderes eclesiásticos. Foi tesoureiro durante o tempo em que acompanhou Jesus, e sempre gozou da confiança do grupo. Recentemente, diante de uma multidão, abraçou e beijou Jesus, em uma demonstração singular de confiança e de amizade. Nós o convidamos para pregar no próximo domingo. Temos possibilidades aqui. Há um rumor que ele se suicidou ontem, mas deve ser um boato sem fundamento, tendo em vista seu tremendo potencial.

Autor: desconhecido.
Adaptação: Alan Capriles
Fonte: http://www.espada.eti.br/candpast.asp

terça-feira, 15 de junho de 2010

NÃO DESEJO O CÉU

Por Alan Vieira*


"Ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões minam e roubam, porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" Mt 6.20-21

Recentemente vendo um filme sobre a história de muçulmanos terroristas, veio à tona em minha mente as motivações que levam tais muçulmanos a cometerem atos terroristas em nome de Allah e seu profeta Maomé, tirando a vida de várias pessoas assim como suas próprias vidas. (os chamado homens bomba).

Nesse pensamento fiz certa comparação conosco, denominados cristãos.

Se você estudar um pouco sobre os muçulmanos entenderá, a grosso modo, que alguns deles possuem um ideal: Viver, lutar e morrer pela causa do deus que eles crêem ser o Deus Verdadeiro: Allah.

No alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, é prometida uma vida eterna para aqueles que lutarem a Jihad, a guerra santa contra os infiéis, ou seja, todos aqueles que não crêem em Allah. Pra isso, alguns deles matam e morrem para que o mundo se dobre, temerosamente a Allah. Por tal questão eles vivem suas vidas de regras e os mais fanáticos entregam-se de corpo e alma à busca de tal fim, expectando algo melhor pós morte.

Se pensarmos bem, como disse uma de minhas líderes uma vez, eles vivem a mentira como se fosse verdade. Por outro lado, em comparação aos islâmicos, temos vivido a Verdade como se fosse mentira.

Nesse artigo chamo à reflexão cada um de nós: Temos expectado o céu? Não falo do Céu, lugar que nos dará o livramento do inferno e não haverá mais dor ou choro, mas falo do Céu, lugar onde CRISTO está; Aquele que morreu e ressuscitou pra que o Nome do SENHOR fosse glorificado; lugar onde Aquele a Quem amamos de toda nossa alma está!

Nosso evangelho moderno tem nos separado dessa expectativa, desse anseio e desejo. Talvez você diga que estou errado, que temos sim esperado o céu e pregado sobre ele e livrado almas do inferno! Mas a questão é: Temos desejado o CÉU? Nossas atitudes e pregações têm realmente demonstrado que desejamos o céu e o expectamos, ou mais do que isso, que cremos que estaremos com CRISTO naquele lugar, eternamente, louvando-O e adorando-O?

Dando aula na missão recentemente, mostrei aos meus alunos um livro em espanhol entitulado: SUA MELHOR VIDA AGORA. O livro, de um pastor americano, em sua introdução, nem mesmo citava algo sobre CRISTO e mostrava coisas tais como: que em Cristo podemos todas as coisas nessa Terra. Que se tivermos fé, teremos uma bela casa, um belo carro, um ótimo sorriso no rosto e felicidade pra dar e vender. Que Cristo nos chamou por cabeça e não por cauda, etc.

ESTOU FARTO DISSO!!!

Queridos, se nossa expectativa está somente nessa Terra, não desejamos o Céu! Se nossos dízimos e ofertas são dadas na igreja, simplesmente pra termos algo em troca, nós não desejamos o Céu! Se não há nenhum ardor missionário ou uma entrega, por menor que seja, para que outros caminhem à luz de Cristo, não desejamos o Céu. Se o céu que pregamos é somente o escapar do inferno, traduzindo, do sofrimento, não desejamos o Céu, pois como citado acima, o céu não é o lugar que te livrará da dor eterna pra felicidade eterna, mas é o lugar onde CRISTO está! Por isso é Céu! Porque Cristo está lá!

O céu não começa após morrermos, mas quando descobrimos Quem é Cristo após Ele mesmo se revelar a nós, e passamos a contemplar ao Cristo Ressurreto e Rei, Glorioso Cordeiro, sentado à Destra de Deus Pai, vestido de Glória e Majestade, a Quem todo o joelho se dobrará e toda a língua confessará!

Se nossa busca é apenas terrena, para que vivamos nossa melhor vida agora, simplesmente naquilo que se pode ganhar aqui, para a vida ser feliz simplesmente aqui, então nós não desejamos o Céu.

O evangelho moderno te promete casa e carro se você for fiel nos dízimos e nas ofertas, mas não te fala da Cruz e do negar a si mesmo para que outros conheçam a Cristo. Fala de uma cura terrena e transitória, mas não da cura da alma presenteada pelo sacrifício de Cristo. Prega os dons espirituais com veemência, sejam línguas estranhas ou profecias e dons de maravilhas, mas não cita o dom do Amor, como a busca primordial de cada cristão!

O Evangelho Verdadeiro prega o sacrifício por Cristo, não porque você TEM que fazer isso, mas porque você AMA tanto a DEUS que é impelido por Amor a Cristo a entregar tudo que tem: bens, força, vida, faculdades, tudo para que ELE seja glorificado não importando o quanto tenha que sofrer...

Se posso ser chamado de fanático ou santo por tais palavras digo que sou um homem que muitas vezes deixa de expectar o Céu, ou seja, o PRÓPRIO CRISTO, quando atraído e engodado pelo meu próprio pecado e pelas falácias cristãs.

Ainda afirmo que meus mais torpes pecados foram cometidos quando o Céu tinha deixado de ser meu alvo. Ainda hoje, no momento que escrevo essas linhas, reconheço que cada manhã que desponta, é mais um dia que se inicia onde preciso retornar meus olhos a Cristo, me arrepender, chorar pelos meus pecados e lutar com todas as forças pra tentar viver uma vida em santidade, para que Cristo seja glorificado!

Chamamos o evangelho do bem estar de Evangelho de Cristo simplesmente por ter o nome de Cristo citado algumas vezes assim como chamamos as canções de amor de HINOS evangélicos simplesmente porque aparece o nome de DEUS em um verso de toda a canção!

Mascaramos um evangelho falso e o chamamos de evangelho de Deus e através disso, estamos tirando de nossos "crentes" atuais o desejo da entrega e da renúncia pela causa de Cristo. Já que temos que viver nossa melhor vida agora, o céu se torna apenas uma recompensa por termos sido pessoas boazinhas nessa vida e não mais por tudo que CRISTO realizou na Cruz do Calvário!

Os muçulmanos vivem a mentira como se fosse verdade. Nós escutamos a Verdade, pregamos sobre a Verdade, "temos" a Verdade. Mas não a desejamos mais. Estamos desejando hoje somente o que podemos adquirir através da VERDADE: CRISTO. Pois não desejamos mais viver pra sempre com Cristo no céu. Se muitos ímpios dizem que o inferno é aqui, nossas pregações atuais dizem que o Céu é Aqui. Quando falamos sobre isso, não falamos do começo de vida com Cristo, mas daquilo que podemos adquirir nessa vida passageira através do nome de JESUS.

Minha oração é que Deus levante homens bombas em nosso meio. Não homens que se explodam e matem outros ao seu redor em nome de um ideal vazio. Mas homens que sejam tão impactados por Cristo que sejam impelidos a amar a todos que estão ao redor, dando sua própria vida para que gerem mais vida. Assim como a semente precisa morrer pra gerar vida, que sejamos cheios de Cristo, morrendo pra nós mesmos e gerando vida, aqui, em nossa cidade e nas nações!

Mesmos escrevendo sobre isso, sei que ainda estou longe desse viver e de ser tal homem. Mas, escrevendo essas linhas, anseio com todo meu coração um dia ser esse homem que viverá Cristo ardentemente, apaixonadamente, cada segundo de meu exisitir passageiro nessa Terra, sendo Deus, Cristo, Seu Amor, a única razão pela qual existo e respiro!

Deus te abençoe e que desejemos o céu!

*Alan Vieira: autor do livro Império, integrante da Missão Horizontes e um grande amigo.
Não confundir com Alan Capriles, autor deste blog.

PASTOR PEDE AUMENTO

Autor desconhecido

Não é aumento de salário, como se pode ter pensado, e sim:

Aumento de nossa fidelidade a Cristo;

Aumento da pontualidade aos cultos;

Aumento da visão espiritual do povo de Deus;

Aumento da coragem para enfrentar os desafios que nos cercam;

Aumento de nossa freqüência à Escola Dominical e aos cultos;

Aumento de fome da Palavra de Deus e sede do Espírito Santo;

Aumento de tempo utilizado em fervente oração;

Aumento do número de vidas ganhas para Cristo;

Aumento do amor, de uns pelos outros;

Aumento de cooperadores voluntários para o trabalho do Mestre.
_____________

Comentário de Alan Capriles

A leitura deste texto foi uma homenagem que os membros da Igreja Bíblica Cristã fizeram para seus pastores. De fato, expressa grande parte do que pedimos a Cristo e esperamos dos irmãos. Para exemplificar, naquele mesmo dia, quando um músico veio me parabenizar pelo dia do pastor, minha resposta foi lhe pedir um presente: que ele não faltasse mais ao culto de consagração.

Não posso deixar de acrescentar as palavras que foram ditas após a leitura do referido texto:

“Que hoje, nós como ovelhas possamos ver o quanto nossos pastores tem nos ajudado e nos guiado no Caminho da salvação e conceder a eles este aumento tão esperado.”

Neste tempo em que muitos parecem sentir prazer em difamar pastores, preciso agradecer muito a Deus pelo amor de cada ovelha que ele me confiou cuidar. Espero fazer por merecer meu chamado, o carinho e respeito que recebo de toda congregação.

E... não se esqueçam deste aumento!

sábado, 5 de junho de 2010

PORQUE MEMORIZAR A ESCRITURA


Por John Piper

Tudo o que eu quero com essa simples mensagem
é dar o meu testemunho, e entremeá-lo com o testemunho de Jesus, sobre a importância de memorizar a Escritura.
Estou rogando a vocês.
Então, aqui está o meu testemunho.
Posso dá-lo em oito frases sem exposição.

1) Memorizar a Escritura torna a meditação possível
em ocasiões em que você não tem como ler a Bíblia
,
e a meditação é o caminho para um entendimento profundo.
Então, se você vai meditar na lei do Senhor de dia e de noite (Salmo 1:2), você precisa ter um pouco dela em sua mente.

2) Memorizar a Escritura fortalece minha fé,
pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm 10:17).
E isso acontece quando estou ouvindo a Palavra em minha mente.

3) Memorizar a Escritura molda o jeito com que eu vejo o mundo, conformando minha mente com o ponto de vista de Deus...
...em tudo.

4) Memorizar a Escritura torna a Palavra de Deus mais prontamente acessível para vencer as tentações do pecado,
pois as admoestações e as promessas de Deus são o caminho
pelo qual vencemos as mentiras enganadoras do diabo.

5) Memorizar a Escritura protege a minha mente,
fazendo com que seja mais fácil, para mim, detectar erros.

E o mundo está repleto de erros,
porque o deus deste mundo é um mentiroso.

6) Memorizar a Escritura me capacita a golpear o diabo na face com uma força que ele não pode resistir, para proteger a mim mesmo e a minha família de seus ataques.
Com o que você o está golpeando?!
Ele é milhões de vezes mais forte que você!
E ele odeia você!
E odeia a sua família, o seu casamento, a igreja e Deus!
Como alguém anda por este mundo dominado pelo diabo
sem uma espada em sua mão, isso eu não compreendo.

7) Memorizar a Escritura fornece as mais fortes e doces palavras para serem ministradas a outros necessitados.
Você já foi pego de surpresa por alguém em necessidade?
Você não precisa ser pego de surpresa.
E, por último:

8) Memorizar a Escritura
fornece a fonte para o relacionamento com Jesus
,
pois Ele fala comigo aqui,
e em nenhum outro lugar!!!
Mas, oh!, de maneira doce, poderosa, autêntica e real
Ele fala comigo... aqui!
E então eu respondo a Ele em oração.
E se isto está aqui,
nós podemos conversar em qualquer lugar.
E isso é doce, muito doce.

Fonte: OrthodoxiaTube (canal do Youtube)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

OS INDIANOS ORAM POR NÓS

Por Alan Capriles

A revelação encontra-se no livro "Oração de Avivamento" de Leonard Ravenhill. Apesar de ser uma obra escrita nos anos 60, o texto que compartilho abaixo continua mais atual do que nunca!

Ravenhill divulga parte do artigo de um líder cristão na Índia, chamado Bakht Singh. Ao ler o artigo, de quase meio século atrás, perceba como o modelo de igreja evangélica norte-americana influenciou (e continua influenciando) os evangélicos brasileiros.
"As igrejas indianas têm um grande peso de intercessão pela América e estão orando para que Deus visite este país com o reavivamento.
Vocês lamentam tanto a nossa pobreza material na Índia, enquanto nós indianos, que conhecemos o Senhor, lamentamos a pobreza espiritual da América. Oramos para que Deus lhes dê o ouro refinado pelo fogo, o qual Ele prometeu a todos quantos conhecem o poder da sua ressurreição.
Em nossos cultos, gastamos de quatro a seis horas em oração e adoração, enquanto nosso povo passa toda a noite esperando no Senhor em oração. Mas na América, após uma hora de culto, você começam a olhar o relógio. Oramos para que Deus possa abrir-lhes os olhos para compreenderem o verdadeiro significado da adoração.
Para atrair as pessoas aos cultos, vocês dependem de grandes divulgações, cartazes, anúncios e de pregadores reconhecidamente ungidos e talentosos. Na Índia, tudo o que nós possuímos é o próprio Senhor Jesus, e Ele nos basta. Antes de uma reunião evangélica na Índia, jamais anunciamos quem será o pregador. Quando as pessoas vêm, elas querem buscar o Senhor, e não um ser humano ou um palestrante famoso e especial. Em nossas reuniões, temos tido aproximadamente 12 mil pessoas unidas para adorar ao Senhor Jesus Cristo e terem comunhão umas com as outras. Estamos orando para que as pessoas na América possam também vir às igrejas famintas pela presença de Deus, e não meramente desejosas de algum tipo diferente de entretenimento, ouvindo belos corais ou talentosos cantores." (Bakht Singh)
A seguir, vem o comentário de Leonard Ravenhill:
"Será que ficaremos ofendidos em nosso orgulho ao sabermos que a Índia está clamando a Deus contra a pobreza espiritual da abastada América? A autoridade de Bakht Singh está no fato de que tudo o que ele diz acontece. Ele tem considerado que os custos dos métodos de divulgação de nossas campanhas evangelísticas (necessitando da cobertura de Wall Street) não tem um mínimo de relação com o cristianismo do Novo Testamento. Será que temos nos extraviado a poonto de ser impossível voltar aos procedimentos da igreja primitiva? Esta é uma questão delicada."
Trecho de "Oração de Avivamento - uma mensagem poderosa e urgente para o Corpo de Cristo" de Leonard Ravenhill - Editora Motivar

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O FIM DE UMA ERA - UM ALERTA PARA A IGREJA

Por Alan Capriles 

Sinto-me no dever de recomendar a todos, especialmente aos que se preocupam com os rumos da Igreja, a leitura de O Fim de Uma Era.  Além das razões teológicas, há um pouco de sentimento envolvido nesta recomendação. Seu escritor, bispo Walter McAlister, foi meu primeiro pastor, no final da década de 80, época de minha conversão a Cristo. Lembro-me do quanto eu gostava de ouvi-lo pregar, o que acontecia geralmente às quartas-feiras, na Igreja de Nova Vida em Botafogo. Seu pai, saudoso bispo Roberto, era quem costumava pregar aos domingos. Mas, confesso que não tinha tanta admiração pelo meu pastor quanto agora, depois da leitura de seu livro. Fiquei extremamente feliz ao constatar que, apesar dos desvarios de muitos líderes da igreja evangélica brasileira, o bispo Walter continua fiel às Escrituras e zeloso para com a obra de Deus.

Posso garantir que O Fim de Uma Era não é apenas uma opção de leitura, mas é uma obra que precisava ser escrita. As coisas não vão bem com a igreja e alguém precisava mostrar de forma clara e corajosa "o que" não vai bem. A verdade é que muitos líderes simplesmente não querem enxergar no que tem se tornado a Igreja em nosso país. Mas agora não terão mais desculpas para tamanha cegueira. Alguém deu o alerta.  E muito me alegra que tenha sido meu primeiro pastor, hoje bispo, Walter McAlister. Que Deus lhe conceda cada dia mais coragem, direção e sabedoria para continuar despertando, através do Espírito Santo, a Igreja do Senhor Jesus.

Eis a seleção de apenas alguns trechos de O Fim de Uma Era - editora Anno Domini:
Estamos no fim de uma era. A Igreja está definhando, se não no seu tamanho, certamente no seu testemunho. Nunca houve tantos que proclamaram a luz de Deus e que, paradoxalmente, vivem como filhos das trevas. Mais do que nunca precisamos ouvir a conclamação: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te ilumiará. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus." (Efésios 5.14-16, NVI)
É altamente possível que a Igreja como nós a conhecemos hoje esteja prestes a desaparecer. Porque, quando a coisa apertar, e vai apertar, quando mais difícil for a situação, mais as pessoas vão abandonar as soluções imediatistas para procurar as verdadeiras. E, se a Igreja não as apresentar, pode definhar rapidamente, como já aconteceu na Europa e está ocorrendo nos Estados Unidos. As projeções nos Estados Unidos são que, dentro de trinta a quarenta anos, a Igreja caia para um quinto do seu tamanho.
A Igreja não é chamada para ser eficiente, grande ou rica. Ela é chamada para ser fiel. E fidelidade pode ser algo muito pequeno, demorado e sofrido. Para sermos fiéis temos de estar dispostos a sermos considerados malsucedidos pela sociedade - até irrelevantes -, porque a verdadeira Igreja é irrelevante para a sociedade.
Mas a Igreja quer aplausos, e já. Faz um grande evento, o governador aparece e todos acham que uma grande coisa aconteceu. (...) A busca de comendas, aplausos e reconhecimento da nossa contribuição à sociedade é vaidade e correr atrás do vento. Quem faz isso desperdiça seu ministério e sua vida.
Dentro desse contexto, creio que a Igreja está prestes a ser desagradavelmente surpreendida, pois vem usando sua liberdade religiosa como um marinheiro embriagado. No Brasil, a percepção de que a igreja é um bom negócio, de que o sacerdote é um sem-vergonha e de que tudo gira apenas em torno do dinheiro provavelmente fará com que a Igreja seja surpreendida por medidas do governo federal que poderão colibir sua liberdade. E uma Igreja banalizada não tem tônus espiritual para fazer frente a uma verdadeira perseguição. Então uma grande parte vai simplesmente fugir da igreja, que vai se esvaziar. Muitas vão quebrar. Essa festa vai acabar...
Os trechos acima podem ser conferidos na íntegra no site oficial do livro, que disponibiliza o primeiro capítulo para leitura:
http://www.ofimdeumaera.com.br/

segunda-feira, 10 de maio de 2010

INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA: A LÓGICA DE JOHN WESLEY

Por Alan Capriles

Após mais de vinte anos de conversão a Cristo, cheguei a conclusão de que a humanidade não se divide em religiões ou crenças, mas simplesmente entre os que crêem totalmente na Bíblia como a Palavra de Deus e os que não crêem.

Todos nós sabemos que Cristo é o personagem central das Escrituras. Porém, muitos que dizem crer em Jesus, não crêem no Jesus que a Bíblia revela, mas no seu próprio "Jesus". Sendo assim, eles não crêem em tudo quanto está escrito na Bíblia a respeito de Cristo, mas apenas no que lhes convém. Ou seja, em última análise, não crêem que a Bíblia seja realmente sagrada.

Os espíritas, por exemplo, tem o seu "Evangelho Segundo Allan Kardec", desmerecendo os puros e santos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Ora, se fazer a opção pelo "Evangelho Segundo Allan Kardec" não é desprezar a Biblia, então é desconfiar da própria capacidade para compreendê-la, recorrendo à interpretação de outra pessoa.

Os católicos, por sua vez, apesar de não adotarem outro livro como evangelho, parecem não ler a própria Bíblia na qual dizem crer. Sei do que estou dizendo porque fui católico praticante até meus 17 anos. Eu não tinha Bíblia, mas no Encontro de Adolescentes com Cristo ganhei um Novo Testamento como recordação. Ao contrário dos meus amigos, comecei a ler o presente que a própria igreja católica me havia dado. Como consequência, fui obrigado deixar o catolicismo, tamanha discrepância entre o que a Bíblia ensina e o que os católicos praticam.

O que mais me surpreendeu, no entanto, foi constatar que muitos evangélicos também não levam a Bíblia realmente a sério. Muitos crentes desprezam, por exemplo, as advertências de Jesus a respeito da necessidade do arrependimento, da renúncia, de se nascer do Espírito, de tomar a sua cruz, de se trilhar um caminho estreito, de se perdoar e amar o próximo, de não amar as coisas deste mundo. E o que significa este desprezo senão o fato de que não crêem na veracidade da Bíblia?

Mas, somente pela graça de Deus, percebi muito cedo que, em questões de fé, tudo se resume nisto: crer ou não crer que a Bíblia é realmente inspirada por Deus.

Tomei minha decisão. Creio. E não creio cegamente, mas dentro da mais pura razão.

E, para quem não crê - ou para quem diz crer, mas continua desprezando seus ensinamentos - deixo a simples e irrefutável lógica de John Wesley a respeito da inspiração divina da Bíblia. Leia com atenção e faça sua escolha. Você tem apenas três opções, porém apenas uma é verdadeira, pois apenas uma é coerente:
"A Bíblia foi concebida por uma dentre três fontes:
(1) Por homens bons ou anjos;
(2) Por homens maus ou demônios;
(3) Por Deus.
Primeiro, a Bíblia não poderia ter sido concebida por homens bons nem por anjos, porque ambos não poderiam escrever um livro em que mentissem em cada página escrita, onde haviam colocado as palavras: "Assim diz o Senhor", sabendo perfeitamente que o Senhor nada disse e que todas as coisas foram inventadas por eles.
Segundo, a Bíblia não poderia ter sido concebida por homens maus ou demônios, porque não poderiam escrever um livro que ordena a prática de todos os bons conselhos, proíbe pecados e descreve o castigo eterno de todos os incrédulos.
Portanto, concluo que a Bíblia foi concebida por Deus e revelada aos homens."

É uma questão de lógica. Simples assim!

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16-17 RA)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A SEMENTE DO AMOR E A SEMENTE DA GANÂNCIA

Por Alan Capriles

“...recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer.” (Apóstolo Paulo - Gálatas 2:10 RA)


Apesar de não apreciar a maioria dos programas evangélicos da TV, sou obrigado a assisti-los de vez em quando. Muitas ovelhas que pastoreio assistem a estes programas, razão pela qual preciso estar alerta contra heresias que possam contaminar o rebanho de Deus.

E tenho percebido uma grave heresia sendo ensinada nestes programas. Como se sabe, a maioria deles tem o mesmo formato: Abertura, música, pregação, venda de produtos, pedido de ofertas e oração. Mas, ao contrário do que se poderia esperar, o erro maior não está na pregação, ainda que algumas sejam lamentáveis, mas na forma como pedem ofertas para manter seus programas no ar.

É quase unanimidade os tele-pastores pedirem ofertas trocando a palavra “dinheiro” por “semente”. Alguns dizem: “semeie no meu ministério”, com a promessa de uma grande colheita financeira para quem semear mais. E dizem isto usando a Bíblia como respaldo!

Preciso confessar que eu mesmo, no passado, fui vítima desta heresia. Por não conferir o contexto, cheguei a ensinar a tal “lei da semente”, erro que, pela misericórida de Deus, não demorei a corrigir.

O texto bíblico mais usado (e abusado) para se pedir ofertas como sementes, encontra-se na segunda carta de Paulo aos Coríntios, onde encontramos o seguinte versículo:

“E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.” (2 Coríntios 9:6 RA)

Sim, de fato, o contexto mostra que o apóstolo Paulo está falando de ofertas. E comparando estas ofertas a sementes. Mas, a questão é: por que Paulo usou desta comparação? A resposta é surpreendente:
Porque aquelas ofertas eram destinadas aos pobres.

Ao contrário dos tele-evangelistas, Paulo não estava pedindo ofertas para o seu ministério. A razão do seu pedido de ofertas era a “a favor dos santos” em necessidade (Confira 2 Co 9:1,12). Provavelmente, um apelo para socorrer financeiramente os cristãos pobres da Judéia (Atos 11:29). Sim, porque, ao contrário do que ensina a teologia da prosperidade, os santos também podem ser pobres, materialmente falando (Ap 2:9).

E, a fim de que ninguém duvidasse de suas corretas intenções, o apóstolo cita uma promessa das Escrituras:
“como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.” (2 Coríntios 9:9 – citando o Salmo 112:9)

Como se percebe, a promessa é para quem oferta “aos pobres” e Paulo não deixa dúvidas quanto a isto. Basta que leiamos o contexto. Paulo poderia também ter acrescentado outros versículos, tais como:

“Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o SENHOR o livra no dia do mal. O SENHOR o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos. O SENHOR o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama.” (Salmos 41:1-3 RA)
 

“Quem se compadece do pobre ao SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício.” (Provérbios 19:17 RA)
 

“O que semeia a injustiça segará males; e a vara da sua indignação falhará. O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre.” (Provérbios 22:8-9 RA)

Foi com base em promessas assim, de Deus abençoar quem ajuda “ao pobre”, que Paulo comparou tais ofertas a sementes.

Isto é muito diferente de levantar-se ofertas para se manter programas na televisão, cujo minuto é caríssimo e o benefício duvidoso. E o pior é que a maioria destes programas nem sequer está pregando o verdadeiro evangelho de Cristo! A maioria das pregações da TV é voltada para satisfazer os interesses do homem.

O verdadeiro evangelho causa furor na maioria das pessoas, porque poucos querem se arrepender de seus pecados e depositar sua fé inteiramente em Cristo para salvação. A maioria prefere acreditar que será salva porque foi uma pessoa boa, ignorando a enfática realidade exposta por Jesus de que “ninguém é bom, a não ser um, que é Deus”.

E isto é um dilema. Como manter programas na TV dizendo a verdade para as pessoas? Sendo assim, os tele-evangelistas fazem um tremendo esforço para agradar seus telespectadores, a fim de aumentar a audiência e o número de fiéis “semeadores”.

Mas, esta é a verdade: Quem ajuda a pagar caros programas evangélicos não pode esperar colheita de nada, a não ser de absurdos escândalos, como se tem visto ultimamente. Quero deixar como exemplo o escândalo mais recente:

Enquanto outros canais de televisão mostravam o número de uma conta bancária para ajudar os desabrigados das chuvas, que vitimaram milhares de pessoas no estado do Rio de Janeiro, um famoso pastor mostrava o número de três contas bancárias para que “semeassem” no seu ministério. E, detalhe, sementes de mil reais!

Quem não tivesse mil reais poderia parcelar sua “semente” em várias prestações, a fim de não perder a fabulosa colheita de bênçãos e ainda ganhar um lindo certificado do seleto “CLUBE DE 1 MILHÃO DE ALMAS”.

Ao invés deste pastor aderir à campanha pelas vítimas das chuvas, entre as quais algumas que perderam tudo, ele preferiu pedir dinheiro para bancar suas mega cruzadas. E, ainda que o dinheiro seja gasto nisso, tais cruzadas evangelísticas não atingem nem de longe o alvo a que se propõem.

Respaldo minha afirmativa no depoimento de Billy Graham, maior evangelista do século XX. Após analisar suas inúmeras cruzadas, ele chegou a uma conclusão alarmante. Pelos seus cálculos, dentre todos que assinaram “cartões de decisão” em suas cruzadas, somente três por cento procuraram uma igreja e chegaram a passar pelas águas do batismo. Apenas três por cento!

Amado leitor, se você almeja receber algum benefício do Senhor, uma verdadeira colheita de bênçãos, semeie da forma correta: não se esquecendo do necessitado, se compadecendo do pobre, repartindo com ele o seu pão. (Sl 41:1; Pv 19:17; 22:8)

Esta é a forma de evangelismo mais eficaz que existe, porque esta é a verdadeira semente de Deus: O AMOR.

“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 João 3:18 RC)

domingo, 21 de março de 2010

PARÁBOLA PARA ESTA GERAÇÃO

Por Alan Capriles

Certo rei partiu para uma terra distante e nomeou ministros para cuidarem de seu reino. A princípio, eles foram bem sucedidos. Plantaram boas sementes, vigiaram contra o aparecimento de pragas, ampliaram os limites do reinado, contrataram novos obreiros e os ensinaram como plantar e colher em todo tempo. Faziam tudo de acordo com os estatutos deixados pelo rei.

Mas, com o passar do tempo, novos ministros assumiram a gestão dos antigos. E, a cada nova gestão, cada ministro decretava novidades que não haviam sido ordenadas pelo rei. Como este demorava em retornar, cada ministro ensinava o que lhe favorecia, e já não havia mais unidade entre eles.

Estas notícias chegaram ao rei, que enviou emissários ao seu reinado, a fim de que os ministros, obreiros e todo o povo se arrependesse, voltando a fazer a sua vontade. Os emissários percorreram o reino, tocando trombetas e dizendo: "O rei está voltando!". E os alertaram da terrível punição que sofreriam os desobedientes.

Porém, ao invés de promoverem uma reforma segundo os estatutos do reino, os ministros tiveram outra idéia: convencer ao rei do quanto o amavam, cantando e dançando para ele.

Sendo assim, os ministros convocaram os obreiros para congressos, a fim de proclamar o início de uma nova e chamada santa geração. Uma geração de adoradores, qua agradaria o rei compondo músicas e criando danças para ele, a fim de que sua ira fosse aplacada no seu retorno.

Isto agradou tanto, que os ministros foram exaltados pelo povo, que agora lhes prestigiavam com grandes títulos e honrarias. E lhes davam até seu pouco dinheiro, pois estavam felizes com suas promessas de que todos também seriam líderes.

Os obreiros já não tinham tempo para selecionar as sementes, preparar a terra,  proteger os frutos, ou mesmo fazer a colheita. Só tinham tempo para ensaiar músicas e danças, e para participar de congressos, shows e festivais. Todo reino acreditava nos ministros que diziam: "O tempo de cantar chegou! O tempo de dançar chegou!" O reino todo havia se transformado numa grande festa.

Os campos estavam prontos para a ceifa, mas os ministros convenceram os obreiros de que seu trabalho agora era cantar o quanto estavam apaixonados pelo rei e desesperados por sua vinda.

Quanto aos poucos ministros e obreiros que se mantiveram fiéis aos estatutos do rei, estes foram zombados, perseguidos e até apedrejados. Afinal, eles não tinham a nova visão, a tremenda revelação, não faziam parte desta "santa geração".

E o que dirá o rei quando voltar, aos desobedientes, por mais que estes tenham cantado e dançado para ele? "Muito bem, servo bom e fiel" ou dirá "Servo inútil, aparta-te de mim e do meu reino, para as trevas exteriores, onde há choro e ranger de dentes?"

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça...
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“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” 
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” 
(Jesus Cristo - Mt 7:21 e Lc 6:46)

segunda-feira, 15 de março de 2010

O DIABO RESIDE NO VATICANO

O exorcista-chefe da Igreja Católica disse a um jornal italiano que "o Diabo reside no Vaticano" e que bispos estariam "ligados" a ele.

Em entrevista ao diário La Repubblica, o padre Gabriele Amorth, que comanda o departamento de exorcismo em Roma há 25 anos, disse que o ataque ao papa Bento 16 na noite de Natal e os escândalos de pedofilia e abuso sexual envolvendo sacerdotes seriam provas da influência maléfica do Demônio na Santa Sé e que "é possível ver as consequências disso".

O sacerdote, de 85 anos, disse ainda que há, na Igreja, "cardeais que não acreditam em Jesus e bispos ligados ao Demônio".

Amorth, que já teria realizado o exorcismo de 70 mil possuídos, publicou um livro no mês passado, chamado Memórias de um Exorcista, em que narra suas batalhas contra o mal.

A série de entrevistas que compõe o livro foi realizada pelo jornalista Marco Tosatti, que conversou com o programa de rádio Newshour da BBC.

Tosatti disse que o Diabo atua de duas formas. Na primeira, a mais comum, "ele te aconselha a se comportar mal, a fazer coisas ruins e até a cometer crimes".

Na segunda, "que ocorre muito raramente", ele pode possuir uma pessoa. Tosatti disse que, de acordo com Amorth, Adolf Hitler e os nazistas foram possuídos pelo capeta.

O exorcista católico conta em suas memórias que, durante as sessões de exorcismo, os possuídos precisavam ser controlados por seis ou sete de seus assistentes. Eles também eram capazes de cuspir cacos de vidro, "pedaços de metal do tamanho de um dedo, mas também pétalas de rosas", segundo o sacerdote.

Guerra contra a Igreja

Amorth defende que a tentativa de assassinato do papa João Paulo 2º em 1981, assim como o ataque ao atual papa no Natal passado e os casos de abuso sexual cometidos por padres são exemplos de que o Diabo está em guerra com a igreja.

Em entrevista ao La Repubblica, o exorcista contou que o Demônio "pode permanecer escondido, ou falar diferentes línguas, ou mesmo se fazer parecer simpático".

Para Tosatti, não há nada que se possa fazer quando o Diabo está apenas influenciando as pessoas, em vez de estar possuindo-as.

Segundo o exorcista-chefe do Vaticano, o papa Bento 16 apoia o seu trabalho.

"Sua Santidade acredita de todo coração na prática do exorcismo. Ele tem encorajado e louvado o nosso trabalho".

No jornal italiano, Amorth também comentou sobre como o cinema retrata o exorcismo e a magia.

Segundo ele, o filme O Exorcista, de 1973, em que dois padres lutam para exorcizar uma garota possuída é "substancialmente preciso", apesar de "um pouco exagerado".

Já a série do jovem bruxo britânico Harry Potter é descrita como "perigosa" pelo sacerdote, pois traça "uma falsa distinção entre magia negra e magia do bem".

Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 11 de março de 2010

ROBERTO MCALISTER ALERTOU: "TELEVISÃO CRIA MONSTROS"

por Alan Capriles

O Bispo Robert McAlister, fundador da Igreja Pentecostal de Nova Vida, foi pioneiro em transmitir o Evangelho pela televisão brasileira. Em 1978, se tornou um dos primeiros televangelistas com o programa "Coisas da Vida", que apresentou por um bom tempo na TV Tupi.

Apesar de já não estar mais conosco desde 1993, somente agora se tornou pública a razão pela qual o bispo Roberto deixara de fazer programas na televisão, abrindo espaço para R.R. Soares, Silas Malafaia, entre outros.

A revelação vem por meio de seu filho, Walter McAlister, bispo primaz da Aliança das Igrejas Cristãs de Nova Vida, que lançou recentemente "O Fim de Uma Era", livro em que traça uma radiografia da Igreja evangélica brasileira desde o início do século XXI.

Numa época de tantos programas evangélicos na TV e de tantas celebridades no mundo gospel, esta revelação soa como um grave alerta, que deveria ser amplamente difundida. Levando em conta que o bispo Roberto McAlister foi pioneiro no televangelismo, aqueles que hoje fazem de tudo para continuar aparecendo na TV deveriam considerar as razões de suas palavras, e a impressionante conclusão de seu filho.

Segue, portanto, o trecho do livro de Walter McAlister, no qual não apenas revela porque seu pai preferiu se afastar da televisão, como também explica porque as programações evangélicas deveriam ser extintas da TV.

Meu pai fez um programa de televisão durante um tempo. Ele me disse: "Televisão cria monstros". Eu vi o quanto ele lutava contra a vaidade gerada pelo fato de ser conhecido na rua. Ele mesmo me confessou como a vaidade dele era um problema para ele, por causa de sua fama. Televisão evangélica apenas cria celebridades, não avança a causa de Cristo. Por quê? Porque não se assiste a televisão para ouvir a verdade. É como levar a mensagem do Evangelho para o circo e pregar entre o show dos macados amestrados e o dos palhaços. Pessoas não vão ao circo para ouvir o Evangelho, e sim para se divertir com os macacos, os palhaços, os acrobatas. Então, de repente, o Evangelho se insere num contexto completamente contrário àquele que tem a estrutura necessária para transmiti-lo. E o que acontece? Leva-se a Arca para fora do Santo dos Santos, para o campo de batalha. No popular: a Igreja vira circo. Com isso, a Igreja perde a batalha, pois, em vez de se concentrar naquilo que é sagrado, construir comunidade, ensinar a verdade e formar bons discípulos, está numa guerra voltada para determinar quem grita mais alto no meio do circo chamado "televisão".
 

O FIM DE UMA ERA - Walter McAlister - Editora Anno Domini - pág. 40
http://www.ofimdeumaera.com.br/

terça-feira, 9 de março de 2010

TEXTO FORA DE CONTEXTO

por Alan Capriles

A frase é famosa no meio teológico: “texto fora de contexto é pretexto para heresia”. A realidade, porém, é que poucos tem o cuidado de averiguar o contexto no qual se encontra um versículo. Muitos pregadores, mesmo com formação em teologia, preparam seus esboços sem nenhuma preocupação em dizer aquilo que o autor do texto bíblico queria dizer. E isto é mais comum do que se imagina!

Como prova do que estou afirmando, deixo três exemplos de versículos famosos, mas que, quando usados fora de contexto, dão margem para heresias.  Que isto sirva de alerta para se verificar o contexto bíblico de qualquer mensagem, principalmente as que são baseadas em apenas um versículo da Bíblia.

Tudo posso naquele que me fortalece

Muito provavelmente, este é o versículo mais distorcido. Tirado de seu contexto, muitos concluem tratar-se de uma frase triunfalista, de alguém que pode conquistar seus alvos, que pode obter todas as coisas.

Por esta razão, este versículo é o mais repetido pelos pregadores da teologia da prosperidade, que apregoam a idéia do super crente. “Você pode ter saúde, você pode ter dinheiro, você pode ter sucesso... tudo posso naquele que me fortalece!” esbravejam os falsos profetas.

Mas o apóstolo Paulo não estava se referindo a conquistar ou a se obter algo. Antes, muito pelo contrário! Vejamos o contexto:

“Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece. Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação.” (Filipenses 4:11-14 RA)
Quando Paulo escreveu o famoso “tudo posso” ele passava por grande tribulação, pois estava encarcerado. Portanto, como se percebe na leitura do contexto, a interpretação correta é: “tudo posso suportar”.

Quer seja humilhado, ou honrado, na fartura, ou na fome, tanto em situação de abundância, quanto de escassez, “tudo posso naquele que me fortalece”.

Pedis e não recebeis porque pedis mal

Por mais de uma vez já ouvi pregadores usarem este versículo para ensinar o seguinte:

“Você precisa ser específico no seu pedido. Se você pede a Deus um carro, diga qual a marca, o modelo, se é completo; se está pedindo uma casa, especifique o bairro, com quantos quartos e banheiros, se quer piscina e churrasqueira; ou seja, você não tem recebido nada disso porque não tem pedido direito. Pedis e não recebeis porque pedis mal!”

Este tipo de ensinamento é ridículo e não tem base nas Escrituras. E nem é preciso examinar o contexto para se revelar a farsa. Basta concluir a leitura do próprio versículo:

“pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tiago 4:3 RA)

A parte final, que diz “para esbanjardes em vossos prazeres” é omitida por aqueles que desejam ensinar o contrário do que a Bíblia ensina.

Deus não responde orações de pessoas egoístas e mundanas. Nem sequer as ouve (Is 58:3; Jr 14:12-16)  Mas, a fim de que ainda não reste nenhuma dúvida, vejamos então o contexto:

“De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4:1-4 RA)

Somos mais do que vencedores

Usado fora de seu contexto, esta frase transmite a falsa idéia de que a vida do crente “é só vitória”, como costumam dizer alguns.

Mas o apóstolo Paulo especificou em quais situações é que somos mais do que vencedores. O versículo completo diz o seguinte:

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (Romanos 8:37 RC)

“Em todas estas coisas...” Quais coisas?

A resposta, bem como o entendimento para este versículo, está em seu contexto:

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (Romanos 8:35-37 RC)

Ao contrário de uma vida isenta de lutas e sofrimento, o apóstolo Paulo declara que somos mais do que vencedores nas seguintes circunstâncias: Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, ou espada.

E, qual a nossa vitória, em meio a tantas adversidades? Novamente, o contexto nos responderá:

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Romanos 8:37-39 RC)

A nossa grande vitória é não duvidar deste amor que Deus tem por nós, provado em nosso Senhor Jesus Cristo. Ainda que venha tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, ou mesmo a morte, nada poderá nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!

quarta-feira, 3 de março de 2010

OUTRO JESUS, OUTRO ESPÍRITO, OUTRO EVANGELHO

por Alan Capriles

O Espírito Santo poderia usar um falso crente para operar sinais e prodígios?

Minha tese é que não. Tenho absoluta certeza que não. E, nas linhas abaixo, espero provar que não é o Espírito Santo que está atuando através dos milagreiros que aparecem na televisão.

O texto é um pouco longo, devido a importância desta questão. Mas, acredite: você precisa ler até o fim e orar seriamente a respeito deste assunto.

Antes de prosseguir, é preciso esclarecer que não se trata de julgar uma pessoa como falso crente. Sabemos que o Senhor nos proíbe de julgar (Mt 7:1). Por outro lado, no mesmo capítulo somos advertidos a examinarmos os frutos de alguém que se diga porta-voz do Senhor, a fim de não sermos enganados por um falso profeta, pois eles sempre se “apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.” (Mt 7:15-23)

Perceba que um falso pregador, ou profeta, não é apenas um lobo, mas um lobo “roubador”. E isto é bastante significativo, pois revela qual a real motivação para enganar as pessoas (usando o nome de Jesus): arrancar-lhes dinheiro!

E isto é mau, é um fruto muito mau. A este respeito, confira o que nos ensinou o Senhor:

“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.” (Mateus 7:15-20 RA)

Mesmo assim, muitos crentes parecem não enxergar os falsos pregadores, pois o ministério destes costuma ser caracterizado por sinais e prodígios, tais como profecias, exorcismos e milagres de todo tipo. E, além do mais, alguns deles estão na televisão, enfatizando estas extraordinárias manifestações do... Espírito Santo?

Não... É melhor não se apressar em dizer que são do Espírito Santo.

Afirmo isto porque, no mesmo texto em que o Senhor nos adverte contra os “lobos roubadores”, ele também prossegue dizendo o seguinte:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:21-23 RA)

Não é por acaso que este texto é a continuação do anterior. Sem dúvida, o Senhor sabia que os falsos pregadores usariam de sinais e prodígios para tentar nos enganar. Sendo assim, Jesus deixou claro que não basta chamá-lo de Senhor, e nem operar tais manifestações em seu nome, pois a evidência da salvação não é o poder, mas o fruto de uma vida que faça a vontade de Deus.

Chegamos a esta primeira conclusão importante: profecias, exorcismos e milagres, ainda que realizados usando-se o nome de Jesus, não significam que seja uma obra de Deus.

O problema é que muitos pensam exatamente o contrário. Por não examinarem as Escrituras, a maioria dos crentes conclui que Deus está aprovando o ministério de alguém somente por causa dos sinais e prodígios que nele ocorrem. Isto é um erro gravíssimo, pois o Senhor nos alertou do que aconteceria nestes últimos dias que vivemos:

“porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mateus 24:24 RA)

O que seriam estes “grandes sinais e prodígios”?

Um paralítico andar não é um grande sinal? Um dente transformar-se em ouro não é um grande prodígio? Assim como pessoas caírem ao chão pelo poder emanado por alguém. Estas manifestações, e outras até mais assombrosas, têm acontecido em alguns ministérios e diariamente são divulgadas em canais abertos de televisão.

Como resultado desta propaganda, multidões têm sido atraídas a estes ministérios. Surge agora uma nova questão: o fato de seus templos estarem lotados não significa uma aprovação de Deus?

Mais uma vez, a resposta é um categórico “não”. Preste bastante atenção no seguinte alerta do Senhor, quanto a estes últimos dias:

“Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.” (Mateus 24:5 RA)

O Senhor não somente nos adverte que viriam em nome dele, ou seja, realizando seus atos “em nome de Jesus”, mas também revela que estes falsos ungidos enganariam “a muitos”.

Chegamos a outra importante conclusão: a quantidade de pessoas não significa que Deus esteja aprovando determinado ministério, ainda que sejam milhares de seguidores.

Vejamos um pouco melhor esta questão:

“Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito.” (Mateus 24:23-25 RA)

Talvez muitos não atentem para o cumprimento deste versículo por não saberem o que Jesus quis dizer com “falsos cristos”. A palavra “cristo” é um termo grego que significa “ungido”. A partir do Novo Testamento somente o Senhor Jesus é chamado de “Ungido”, ou Cristo (At 4:26). Mas, não é verdade que atualmente muitos pregadores dizem que são os “ungidos” do Senhor?

Todo aquele que diz, acerca de si mesmo, ser o “ungido do Senhor” é um falso cristo. E todo aquele que prega por dinheiro é um falso profeta. A profecia está se cumprindo.

O Senhor previu que isto aconteceria nestes últimos dias. E isto está acontecendo agora mesmo!

Portanto, não se apresse em dizer que o Espírito Santo está operando através do ministério de supostos ungidos e profetas, ainda que tenham o título de pastor, bispo, missionário, ou até mesmo de apóstolo.

Verifique o fruto! Jesus nos ensinou como não sermos enganados: “pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:20)

Caso tenhamos dificuldade em saber dos pormenores da vida destes milagreiros, basta analisar suas pregações, que são o fruto de seus lábios (Lc 6:45; Hb 13:15). E, comparando aquilo que pregam com as Escrituras, poderemos reconhecer se estão dando bom ou mau fruto.

Lamentavelmente, o que tenho percebido é que todos os milagreiros evangélicos que aparecem na televisão têm pregado heresias, ou seja, ensinos contrários à Palavra.  Aproveitando-se da falta de conhecimento que as pessoas têm da Bíblia, eles ensinam outro evangelho, que não é o da graça de Deus, e até chegam a pregar outro Jesus, diferente do Cristo das Escrituras.

E, quando se prega outro Jesus, as pessoas abraçam outro evangelho e, certamente, receberão outro espírito, que não é o Espírito Santo.

Isto é grave, terrivelmente grave. O apóstolo Paulo parece ter nos alertado a este respeito:

“Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.” (2 Coríntios 11:4 RC)

Pregar outro evangelho é tão grave, que o apóstolo Paulo declara ser amaldiçoado (anátema) aquele que o fizer (Gl 1:9). A razão de tanto rigor é o risco de as pessoas receberem “outro espírito” nas reuniões em que se prega “outro evangelho”.

Esta é a chave para se entender o que está acontecendo no meio evangélico. É preciso enfatizar isto:

Quando se prega outro Jesus, as pessoas abraçam outro evangelho e recebem outro espírito, que não é o Espírito Santo.

Portanto, não é o Espírito Santo que está operando através dos milagreiros que aparecem nos programas evangélicos da televisão. Não é o Espírito Santo que está fazendo as pessoas darem gargalhadas incontroláveis, caírem ao chão, ou perderem totalmente o controle de si mesmas, em movimentos espasmódicos, giros, ou correrias pelo templo.

Antes de encerrar, gostaria de esclarecer que creio no poder de Deus, seja para profetizar, curar, expulsar demônios ou qualquer outra extraordinária manifestação. Mas, a questão não é esta.

Se os ministros que aparecem na TV estivessem pregando o genuíno evangelho, eu seria o primeiro a crer que seus milagres procedem de Deus. Mas, a questão é: estes milagreiros evangélicos têm sido um escândalo para o evangelho. 

Quase sinto vergonha de ser pastor, por causa destes falsos ministros do evangelho, que não medem a conseqüência de seus atos e palavras. Quanta diferença de um verdadeiro apóstolo, como Paulo, que escreveu: “não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado.” (2 Coríntios 6:3 RA)

Acordem irmãos! Somos testemunhas de um tempo profetizado pelo Senhor. Tempo de falsos ungidos e falsos profetas, que realizam grandes sinais e prodígios, através dos quais muitos têm sido enganados.

E você?