quarta-feira, 26 de maio de 2010

OS INDIANOS ORAM POR NÓS

Por Alan Capriles

A revelação encontra-se no livro "Oração de Avivamento" de Leonard Ravenhill. Apesar de ser uma obra escrita nos anos 60, o texto que compartilho abaixo continua mais atual do que nunca!

Ravenhill divulga parte do artigo de um líder cristão na Índia, chamado Bakht Singh. Ao ler o artigo, de quase meio século atrás, perceba como o modelo de igreja evangélica norte-americana influenciou (e continua influenciando) os evangélicos brasileiros.
"As igrejas indianas têm um grande peso de intercessão pela América e estão orando para que Deus visite este país com o reavivamento.
Vocês lamentam tanto a nossa pobreza material na Índia, enquanto nós indianos, que conhecemos o Senhor, lamentamos a pobreza espiritual da América. Oramos para que Deus lhes dê o ouro refinado pelo fogo, o qual Ele prometeu a todos quantos conhecem o poder da sua ressurreição.
Em nossos cultos, gastamos de quatro a seis horas em oração e adoração, enquanto nosso povo passa toda a noite esperando no Senhor em oração. Mas na América, após uma hora de culto, você começam a olhar o relógio. Oramos para que Deus possa abrir-lhes os olhos para compreenderem o verdadeiro significado da adoração.
Para atrair as pessoas aos cultos, vocês dependem de grandes divulgações, cartazes, anúncios e de pregadores reconhecidamente ungidos e talentosos. Na Índia, tudo o que nós possuímos é o próprio Senhor Jesus, e Ele nos basta. Antes de uma reunião evangélica na Índia, jamais anunciamos quem será o pregador. Quando as pessoas vêm, elas querem buscar o Senhor, e não um ser humano ou um palestrante famoso e especial. Em nossas reuniões, temos tido aproximadamente 12 mil pessoas unidas para adorar ao Senhor Jesus Cristo e terem comunhão umas com as outras. Estamos orando para que as pessoas na América possam também vir às igrejas famintas pela presença de Deus, e não meramente desejosas de algum tipo diferente de entretenimento, ouvindo belos corais ou talentosos cantores." (Bakht Singh)
A seguir, vem o comentário de Leonard Ravenhill:
"Será que ficaremos ofendidos em nosso orgulho ao sabermos que a Índia está clamando a Deus contra a pobreza espiritual da abastada América? A autoridade de Bakht Singh está no fato de que tudo o que ele diz acontece. Ele tem considerado que os custos dos métodos de divulgação de nossas campanhas evangelísticas (necessitando da cobertura de Wall Street) não tem um mínimo de relação com o cristianismo do Novo Testamento. Será que temos nos extraviado a poonto de ser impossível voltar aos procedimentos da igreja primitiva? Esta é uma questão delicada."
Trecho de "Oração de Avivamento - uma mensagem poderosa e urgente para o Corpo de Cristo" de Leonard Ravenhill - Editora Motivar

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O FIM DE UMA ERA - UM ALERTA PARA A IGREJA

Por Alan Capriles 

Sinto-me no dever de recomendar a todos, especialmente aos que se preocupam com os rumos da Igreja, a leitura de O Fim de Uma Era.  Além das razões teológicas, há um pouco de sentimento envolvido nesta recomendação. Seu escritor, bispo Walter McAlister, foi meu primeiro pastor, no final da década de 80, época de minha conversão a Cristo. Lembro-me do quanto eu gostava de ouvi-lo pregar, o que acontecia geralmente às quartas-feiras, na Igreja de Nova Vida em Botafogo. Seu pai, saudoso bispo Roberto, era quem costumava pregar aos domingos. Mas, confesso que não tinha tanta admiração pelo meu pastor quanto agora, depois da leitura de seu livro. Fiquei extremamente feliz ao constatar que, apesar dos desvarios de muitos líderes da igreja evangélica brasileira, o bispo Walter continua fiel às Escrituras e zeloso para com a obra de Deus.

Posso garantir que O Fim de Uma Era não é apenas uma opção de leitura, mas é uma obra que precisava ser escrita. As coisas não vão bem com a igreja e alguém precisava mostrar de forma clara e corajosa "o que" não vai bem. A verdade é que muitos líderes simplesmente não querem enxergar no que tem se tornado a Igreja em nosso país. Mas agora não terão mais desculpas para tamanha cegueira. Alguém deu o alerta.  E muito me alegra que tenha sido meu primeiro pastor, hoje bispo, Walter McAlister. Que Deus lhe conceda cada dia mais coragem, direção e sabedoria para continuar despertando, através do Espírito Santo, a Igreja do Senhor Jesus.

Eis a seleção de apenas alguns trechos de O Fim de Uma Era - editora Anno Domini:
Estamos no fim de uma era. A Igreja está definhando, se não no seu tamanho, certamente no seu testemunho. Nunca houve tantos que proclamaram a luz de Deus e que, paradoxalmente, vivem como filhos das trevas. Mais do que nunca precisamos ouvir a conclamação: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te ilumiará. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus." (Efésios 5.14-16, NVI)
É altamente possível que a Igreja como nós a conhecemos hoje esteja prestes a desaparecer. Porque, quando a coisa apertar, e vai apertar, quando mais difícil for a situação, mais as pessoas vão abandonar as soluções imediatistas para procurar as verdadeiras. E, se a Igreja não as apresentar, pode definhar rapidamente, como já aconteceu na Europa e está ocorrendo nos Estados Unidos. As projeções nos Estados Unidos são que, dentro de trinta a quarenta anos, a Igreja caia para um quinto do seu tamanho.
A Igreja não é chamada para ser eficiente, grande ou rica. Ela é chamada para ser fiel. E fidelidade pode ser algo muito pequeno, demorado e sofrido. Para sermos fiéis temos de estar dispostos a sermos considerados malsucedidos pela sociedade - até irrelevantes -, porque a verdadeira Igreja é irrelevante para a sociedade.
Mas a Igreja quer aplausos, e já. Faz um grande evento, o governador aparece e todos acham que uma grande coisa aconteceu. (...) A busca de comendas, aplausos e reconhecimento da nossa contribuição à sociedade é vaidade e correr atrás do vento. Quem faz isso desperdiça seu ministério e sua vida.
Dentro desse contexto, creio que a Igreja está prestes a ser desagradavelmente surpreendida, pois vem usando sua liberdade religiosa como um marinheiro embriagado. No Brasil, a percepção de que a igreja é um bom negócio, de que o sacerdote é um sem-vergonha e de que tudo gira apenas em torno do dinheiro provavelmente fará com que a Igreja seja surpreendida por medidas do governo federal que poderão colibir sua liberdade. E uma Igreja banalizada não tem tônus espiritual para fazer frente a uma verdadeira perseguição. Então uma grande parte vai simplesmente fugir da igreja, que vai se esvaziar. Muitas vão quebrar. Essa festa vai acabar...
Os trechos acima podem ser conferidos na íntegra no site oficial do livro, que disponibiliza o primeiro capítulo para leitura:
http://www.ofimdeumaera.com.br/

segunda-feira, 10 de maio de 2010

INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA: A LÓGICA DE JOHN WESLEY

Por Alan Capriles

Após mais de vinte anos de conversão a Cristo, cheguei a conclusão de que a humanidade não se divide em religiões ou crenças, mas simplesmente entre os que crêem totalmente na Bíblia como a Palavra de Deus e os que não crêem.

Todos nós sabemos que Cristo é o personagem central das Escrituras. Porém, muitos que dizem crer em Jesus, não crêem no Jesus que a Bíblia revela, mas no seu próprio "Jesus". Sendo assim, eles não crêem em tudo quanto está escrito na Bíblia a respeito de Cristo, mas apenas no que lhes convém. Ou seja, em última análise, não crêem que a Bíblia seja realmente sagrada.

Os espíritas, por exemplo, tem o seu "Evangelho Segundo Allan Kardec", desmerecendo os puros e santos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Ora, se fazer a opção pelo "Evangelho Segundo Allan Kardec" não é desprezar a Biblia, então é desconfiar da própria capacidade para compreendê-la, recorrendo à interpretação de outra pessoa.

Os católicos, por sua vez, apesar de não adotarem outro livro como evangelho, parecem não ler a própria Bíblia na qual dizem crer. Sei do que estou dizendo porque fui católico praticante até meus 17 anos. Eu não tinha Bíblia, mas no Encontro de Adolescentes com Cristo ganhei um Novo Testamento como recordação. Ao contrário dos meus amigos, comecei a ler o presente que a própria igreja católica me havia dado. Como consequência, fui obrigado deixar o catolicismo, tamanha discrepância entre o que a Bíblia ensina e o que os católicos praticam.

O que mais me surpreendeu, no entanto, foi constatar que muitos evangélicos também não levam a Bíblia realmente a sério. Muitos crentes desprezam, por exemplo, as advertências de Jesus a respeito da necessidade do arrependimento, da renúncia, de se nascer do Espírito, de tomar a sua cruz, de se trilhar um caminho estreito, de se perdoar e amar o próximo, de não amar as coisas deste mundo. E o que significa este desprezo senão o fato de que não crêem na veracidade da Bíblia?

Mas, somente pela graça de Deus, percebi muito cedo que, em questões de fé, tudo se resume nisto: crer ou não crer que a Bíblia é realmente inspirada por Deus.

Tomei minha decisão. Creio. E não creio cegamente, mas dentro da mais pura razão.

E, para quem não crê - ou para quem diz crer, mas continua desprezando seus ensinamentos - deixo a simples e irrefutável lógica de John Wesley a respeito da inspiração divina da Bíblia. Leia com atenção e faça sua escolha. Você tem apenas três opções, porém apenas uma é verdadeira, pois apenas uma é coerente:
"A Bíblia foi concebida por uma dentre três fontes:
(1) Por homens bons ou anjos;
(2) Por homens maus ou demônios;
(3) Por Deus.
Primeiro, a Bíblia não poderia ter sido concebida por homens bons nem por anjos, porque ambos não poderiam escrever um livro em que mentissem em cada página escrita, onde haviam colocado as palavras: "Assim diz o Senhor", sabendo perfeitamente que o Senhor nada disse e que todas as coisas foram inventadas por eles.
Segundo, a Bíblia não poderia ter sido concebida por homens maus ou demônios, porque não poderiam escrever um livro que ordena a prática de todos os bons conselhos, proíbe pecados e descreve o castigo eterno de todos os incrédulos.
Portanto, concluo que a Bíblia foi concebida por Deus e revelada aos homens."

É uma questão de lógica. Simples assim!

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16-17 RA)